
Temas Livres
Jul-Dez 2024 (v. 34 n.2)
Editorial
Editorial v.34 n.2 (2024)
Miriam Krenzinger & Fábio Marinho
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Artigos – Temas Livres
Pensando com(o) Lélia Gonzalez: a construção do pensamento feminista afro-latino-americano
Brenda Steffani Marques Pereira
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Resumo: Tendo por objetivo apresentar a importância e o valor histórico do pensamento de Lélia Gonzalez, este artigo se utiliza dos livros e artigos da autora publicados nas décadas de 1970 a 1990 para apresentar os principais conceitos que, a partir da práxis intelectual da autora, foram capazes de produzir a síntese política presente no feminismo afro-latino-americano expresso no seu aclamado artigo “Por um feminismo afro-latino-americano”. A articulação dos conceitos trabalhados por Gonzalez confirma a sua importância e demonstra que a pensadora é um marco na história do movimento feminista brasileiro.
Palavras-chave: Lélia Gonzalez. Antirracismo. História intelectual. Feminismo.
A importância histórica da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra
Erick José Gonçalves dos Santos Silva et alia
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Resumo: Este artigo objetiva apresentar a importância histórica da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, aprovada em 2013. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica e documental. Discute-se a formação sócio-histórica racista no Brasil, o mito da democracia racial, as formas de resistência da população negra, a importância do debate acerca das Políticas de Igualdade Racial e de ação afirmativa, bem como a urgência da defesa dessa política como estratégia da garantia de saúde e da própria existência e sobrevivência da população negra.
Palavras-chave: Racismo. Saúde. Pandemia.
E a solidão das mulheres negras, cumé que fica?
Patrick Oliveira & Jackson Roger de Oliveira
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Resumo: A partir da chacina do Jacarezinho, este artigo procura reconstruir teoricamente uma análise da solidão da mulher negra brasileira a partir de dois nexos histórico-sociais: o “lugar natural” desumano socialmente fundado de negros e negras e os elos afetivos como complexos sociais estranhados. Nossa metodologia é o procedimento de “abstrações razoáveis” marxista, em que isolaremos determinações particulares e universais da questão racial para reproduzir idealmente o processo real das condições e categorias sociais principais da solidão das mulheres negras. Concluímos que há um vínculo dialético entre legalidades capitalistas e a solidão da mulher negra, de caráter desigual, que invalida um entendimento apenas lógico-formal e um recurso não revolucionário.
Palavras-chave: Solidão. Mulheres negras. Racismo.
Grupos reflexivos: cenários de uma política pública no sistema de justiça brasileiro
Mariana de Freitas Barbosa & Cristiane Brandão Augusto
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Resumo: Os serviços de atendimento a homens autores de violência são uma realidade recente e pouco sistematizada. Como equipamentos da Rede de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, os grupos reflexivos consistem numa política pública para a prevenção e responsabilização de agressores, refletindo sobre hierarquias de gênero e violações dos direitos humanos das mulheres. Tais violências se relacionam com manifestações de masculinidades. Para enfrentá-las, não basta emancipar mulheres. Este artigo analisa e mapeia os programas implantados e as percepções sobre eles, objetivando o fortalecimento da Lei Maria da Penha.
Palavras-chave: Grupos reflexivos. Lei Maria da Penha. Rede de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres.
A criança e a destituição do poder familiar em processos no Rio de Janeiro
Elisa Costa Cruz
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Resumo: O presente trabalho pesquisou processos judiciais digitalizados de destituição do poder familiar das Varas da Infância na cidade do Rio de Janeiro a partir de 1987 no Ementário de jurisprudência do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro com o objetivo de analisar o discurso e a produção judicial das decisões e verificar se a criança assume um papel ativo no exercício dos seus direitos, como previsto no Estado da Criança e do Adolescente e na Convenção sobre Direitos da Criança.
Palavras-chave: Melhor interesse. Direitos da criança. Análise processual.
A política de educação infantil no enfrentamento dos conflitos entre trabalho e família
Simone Dalbello, Andrea de Sousa Gama & Vanessa Bezerra de Souza
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Resumo: Este artigo analisa a produção acadêmica a respeito da política de Educação Infantil no enfrentamento dos conflitos entre trabalho remunerado e responsabilidades familiares no Brasil. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica realizada nas principais bases nacionais no campo da Educação e do Serviço Social. Pretende-se analisar o debate acadêmico sobre a política de Educação Infantil e os impactos no trabalho produtivo e reprodutivo desempenhado pelas mulheres. Os resultados mostram a debilidade da produção do Serviço Social nesse campo e a dicotomia entre direito à educação e direito das mulheres trabalhadoras.
Palavras-chave: Política de Educação Infantil. Trabalho. Família.
Problematizando a despolitização do trabalho social na Política Nacional de Assistência Social
Helder Barros e Souza & Silvio José Benelli
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Resumo: Este artigo problematiza o trabalho social e os riscos de sua despolitização, desqualificando-o enquanto oferta de Política Pública. Apresentamos o fenômeno da assistencialização das políticas sociais como um modelo que rebaixa as necessidades humanas e desloca o tratamento das expressões da questão social do campo político para o da gestão técnica e orçamentária. Associamos, por fim, o trabalho social despolitizado às práticas caridosas e filantrópicas.
Palavras-chave: Assistência Social. Trabalho Social. Questão Social. Caridade. Filantropia.
Editorial
Notas sobre Cidadania e Modernidade
Carlos Nelson Coutinho
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LOAS 30 anos: retrospectivas e projeções
Jan-Jun 2024 (v. 34 n.1)
Editorial
LOAS 30 anos: retrospectivas e projeções
Fátima Valéria Ferreira de Souza & Heloísa Helena Mesquita Maciel
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Artigos – Seção Temática
Contrarreforma e assistência social: condicionalidades para o BPC na Lei 14.176/21
Julio Cesar Lopes de Jesus & Flavia A. Santos de Melo Lopes
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Resumo: Este artigo, produto de pesquisa bibliográfica e documental, analisa o processo histórico de contrarreforma da política de assistência social no Brasil, com impactos negativos para a classe trabalhadora e, sobretudo, para as pessoas com deficiência e idosos em situação de pobreza. O mais recente ataque a esses grupos populacionais se deu com a Lei n° 14.176/21, aprovada durante o governo Bolsonaro. O resultado deste trabalho indica que as contrarreformas vêm se dando por meio de normas regulamentadoras, estabelecendo-se “condicionalidades” que restringiram direitos a pessoas com deficiência e idosos no Brasil.
Palavras-chave: Assistência Social. Contrarreforma. Condicionalidades. Pessoas com Deficiência. Idosos.
Julio Cesar Lopes de Jesus: INSS.
Flavia A. Santos de Melo Lopes: UFAL.
Ajudar, Controlar, Defender? Sobre violência e instituições de acolhimento para adultos
Clara Santos Henrique Araújo
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Resumo: Como se dá a prática de psicólogo/as em instituições de acolhimento para adultos? Este artigo objetiva trazer aspectos da atuação de psicólogo/as nos acolhimentos institucionais do SUAS em articulação com a violência. Ele foi elaborado a partir de experiências de trabalho e pesquisa de metodologia cartográfica feminista. Foram realizados um diário de campo e sete entrevistas com profissionais de diferentes regiões do Brasil. Serão discutidas três categorias analíticas: Ajudar, Controlar e Defender. Além disso, comentou-se o quanto a prática em instituições de acolhimento é influenciada pelo manicômio enquanto estrutura social.
Palavras-chave: Acolhimento. Prática profissional. Violência. Assistência social.
Clara Santos Henrique Araújo: Psicóloga (Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos – Niterói-RJ), mestranda em psicologia social UERJ.
O acesso ao Benefício de Prestação Continuada pelo paciente oncológico
Alessandra Bessimo Barreto & Monica de Castro Maia Senna
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Resumo: O presente artigo aborda o acesso de pacientes oncológicos ao Benefício de Prestação Continuada e toma como lócus de análise uma unidade pública de alta complexidade em oncologia. Este trabalho foi construído a partir de estudo qualitativo, descritivo e exploratório, contemplando pesquisas bibliográfica, documental e de campo. Os resultados apontaram dificuldades relacionadas aos critérios e morosidade na análise do benefício para os pacientes oncológicos entrevistados, com repercussões sociais como: ansiedade, gasto com medicamentos, dependência de terceiros e ausência de recurso para uso do transporte público.
Palavras-chave: Benefício de Prestação Continuada. Oncologia. Serviço Social.
Alessandra Bessimo Barreto: Mestranda em Política Social (UFF).
Monica de Castro Maia Senna: Docente do Programa em Política Social (UFF).
30 anos da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS): um paradigma em crise?
Bruna N. Carnelossi et alia
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Resumo: O artigo perpassa pelos 30 anos da LOAS com foco na análise crítica das alterações sofridas no texto da Lei nº 8.742/1993. Em uma abordagem metodológica histórica e dialética consideram-se alguns elementos sociopolíticos desse período (1993-2023), compreendidos como fundamentais nas mutações realizadas no texto da lei. Recorre-se à análise qualitativa dessas mudanças estudadas por ciclos da LOAS, do seu nascimento e juventude (1993-2013), à maturidade em (des)construção (2013-2023). Observou-se que as recentes transformações na LOAS deixam marcas violadoras dos seus princípios universais e desmercadorizados, intrínsecos ao paradigma da proteção social não contributiva.
Palavras-chave: Lei Orgânica de Assistência Social. Paradigmas. Seguridade Social. Sistema Único de Assistência Social. 30 anos LOAS.
Bruna N. Carnelossi: Doutora em Serviço Social PUC SP, professora Pós Graduação em Serviço Social PUC SP, Assistente Social (SMADS – SP).
Otto S. Sinigaglia: Doutorando em Serviço Social PUC SP, Assistente Social (SMADS – SP).
Thyago A. de Carvalho: Doutorando em Serviço Social PUC SP, Assistente Social (SMADS – SP).
Monalisa D. Pereira: Mestranda em Serviço Social PUC SP, Assistente Social (SMADS – SP).
As representações sociais da população sobre a Política da Assistência Social no período da pandemia da COVID-19 em Montes Claros/MG
Nilson de Jesus Oliveira Leite Junior et alia
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Resumo: Este artigo busca analisar e problematizar as representações sociais sobre a política de assistência social no Brasil no contexto da pandemia de Covid-19 e as respostas estatais a ela. Adotou-se um estudo descritivo, transversal e de análise qualitativa. Participaram da pesquisa, via formulário eletrônico, um total de 250 pessoas. Foram identificadas duas dimensões das representações sociais: a ideológica, referente ao sentido, compreendendo a assistência social como uma ajuda, e a crítica, que inclui posicionamentos e reflexões sobre a política, considerando-a como um direito dos cidadãos e um dever do Estado, mesmo que não haja clareza sobre a natureza exata desses direitos.
Palavras-chave: Representação Social. Assistência Social. Pandemia. Política Pública. Vulnerabilidade Social.
Nilson de Jesus Oliveira Leite Junior: Psicólogo, mestrando em psicologia social (USP).
Marcia de Jesus Lopes: Psicóloga, graduada pela Faculdade de Saúde e Humanidades Ibituruna – FASI.
Maria de lourdes Gino Ferreira: Psicóloga, graduada pela Faculdade de Saúde e Humanidades Ibituruna – FASI.
Jaciany Soares Serafim: Mestre em Desenvolvimento social (USP), psicóloga, docente em psicologia na Faculdade de Saúde e Humanidades Ibituruna – FASI.
Lei Orgânica de Assistência Social: o necessário fortalecimento dos sujeitos coletivos
Maria Luiza Amaral Rizzotti & Ana Patrícia Pires Nalesso
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Resumo: A trajetória de 30 anos da Lei Orgânica de Assistência Social provoca o pensar sobre as objetivações a serem construídas nos próximos anos. A presente discussão firma-se nas determinações do modelo econômico e nos marcos do estado liberal, que desenham a desigualdade de classe, raça e gênero, e objetiva resgatar, na discussão da efetivação da LOAS, o fortalecimento dos sujeitos coletivos, exigindo o debate sobre democracia e direito social. Assim, propõe-se mudanças no cotidiano do Sistema Único de Assistência Social que impulsionem as lutas sociais em defesa de uma sociedade com mais proteção social e menos desigual.
Palavras-chave: Assistência Social. Democracia. Política. Lutas Sociais.
Maria Luiza Amaral Rizzotti: Assistente social, doutorado em Serviço Social (PUC-SP), docente de Serviço Social (UFPB).
Ana Patrícia Pires Nalesso: Doutorado em Serviço Social (UEL), docente do Serviço Social (UEL).
30 anos da LOAS nas “Amazônias”: a particularidade dos povos indígenas e quilombolas
Patricio Azevedo Ribeiro & Maria Antonia Cardoso Nascimento
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Resumo: O artigo analisa os processos de lutas sociais travados por povos indígenas e quilombolas do meio rural amazônico no que tange ao acesso à Assistência Social em sua condição de política pública. Em particular, reflete sobre a realidade dos Sateré-Mawé e das comunidades quilombolas do rio Andirá, localizadas na área rural do município de Barreirinha, no Estado do Amazonas. O texto é resultado de uma pesquisa qualitativa sob a orientação do método dialético. As lutas pelo território como direito ancestral/originário permanecem centrais, mas reivindica-se políticas públicas efetivas no âmbito da questão étnico-racial.
Palavras-chave: Indígenas. Quilombolas. Assistência Social. Amazônia.
Patricio Azevedo Ribeiro: Doutor em Serviço Social (UFPA) e docente em Serviço Social (UFAM) e ICSEZ – Parintins.
Maria Antonia Cardoso Nascimento: Doutora em Serviço Social (PUC SP), Docente em Serviço Social (FASS-PPGSS-UFPA).
Racismo na Assistência Social: legitimação ou questionamento ao mito da democracia racial?
Caroline Fernanda Santos da Silva
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Resumo: Este artigo apresenta uma pesquisa documental realizada nas principais legislações que normatizam e regulamentam a Assistência Social, a partir dos pressupostos teóricos da Análise Crítica do Discurso – ACD. Reflete-se acerca do contexto, das abordagens diretas ou indiretas sobre o racismo nos documentos analisados, bem como sobre as escolhas dos tópicos e palavras/expressões contidas, apresentando seus significados globais e locais. Também são apresentadas problematizações ao respeito do racismo no Brasil e o papel desempenhado pela democracia racial, especialmente, considerando o cenário pós promulgação da Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS.
Palavras-chave: Racismo. Assistência social. Democracia racial.
Caroline Fernanda Santos da Silva: Doutora em Serviço Social (PUC RS) e assistente social.
Gênero, “raça”/etnia e trabalho com famílias na política de assistência social?
Luana Alexandre Duarte
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Resumo: Este artigo tem como objetivo apresentar parte dos resultados de uma pesquisa bibliográfica que, entre outras temáticas, propôs-se a analisar as “Relações Sociais de gênero, “raça”/etnia e TSF”. O artigo está estruturado a partir de três seções que abordam a Centralidade das famílias na política social; o Cuidado, Care e Políticas Sociais; e as Relações Sociais de gênero, “raça”/etnia e Trabalho Social com Famílias (TSF). A partir da análise bibliográfica, bem como de alguns relatos de profissionais da Assistência Social, foi possível analisar algumas das tensões que perpassam as dimensões técnico-operativa, teórico-metodológica e ético-política do TSF.
Palavras-chave: Gênero. “Raça”/ Etnia. Trabalho Social com Famílias.
Luana Alexandre Duarte: Assistente social do IFSP – Campus Cubatão, mestre em serviço social e política social (UNIFESP).
Problemáticas em torno da noção de risco, família e território na operacionalização da política de assistência social
Cecilia Paiva Neto Cavalcanti, Erica Lourenço Ricardo & Joyce de Souza da Silva
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Resumo: A atual configuração da política de assistência social tem na família, na noção de risco/vulnerabilidade e no território as referências que orientam seus princípios, diretrizes e objetivos. Mas, ao confrontar conceitos e práticas operacionais, observa-se que tal ordenamento acaba por se converter em uma lógica administrativa rígida e, por vezes, inadequada, que cria entraves ao acesso das populações aos serviços. Neste trabalho são apresentadas reflexões derivadas da experiência das autoras na gestão e execução da política e na sua interface por meio das atividades de docência, pesquisa e extensão.
Palavras-chave: Assistência social. Família. Risco. Território.
Cecilia Paiva Neto Cavalcanti: Docente PPGSS -UFRJ.
Erica Lourenço Ricardo: PPGSS/ESS/UFRJ.
Joyce de Souza da Silva: LEPSOT/ESS/UFRJ.
Expropriação do fundo público e os rebatimentos na estruturação da assistência social
Weslany Thaise Lins Prudencio & Nailsa Maria Souza Araujo
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Resumo: Este artigo tem como objetivo debater os rebatimentos da expropriação do fundo público para a estruturação da política de assistência social. Metodologicamente, baseou-se no materialismo histórico dialético, com uso da pesquisa exploratória e análise quanti-qualitativa. A política de assistência social tem sido alvo de um processo de desestruturação dos seus serviços, por meio do (des)financiamento, dado que recursos que poderiam ser destinados às políticas que compõem a seguridade social brasileira são redirecionados para o pagamento de juros, encargos e amortização da dívida pública.
Palavras-chave: Expropriação. Fundo Público. (Des)financiamento. Assistência social.
Weslany Thaise Lins Prudencio: Mestranda em serviço social (UFS).
Nailsa Maria Souza Araujo: Doutora em Serviço Social UFRJ e docente em Serviço Social (UFS).
Uma análise político-econômica do governo Bolsonaro: o caso do financiamento de Assistência Social
Luciana de Sousa Alves
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Resumo: O estudo apresenta as inflexões da Emenda Constitucional n° 95/2016 para o financiamento da Assistência Social, particularmente na composição e execução orçamentária entre 2017 e 2022, delineando as prerrogativas ultrajantes do neoliberalismo e suas implicações para o Fundo Público e para a Política de Assistência Social nos governos Temer e Bolsonaro. Para apreensão do objeto, apoiamo-nos no método crítico-dialético, utilizando as categorias da contradição, mediação e totalidade, possibilitando traçar as tendências de descontinuidade dos serviços e de desmantelamento da estrutura da Assistência Social, intensificadas na pandemia da covid-19.
Palavras-chave: Neoliberalismo. Fundo Público. Assistência Social. Financiamento.
Luciana de Sousa Alves: Mestre em Serviço Social (UEPB).
Cortar na carne — os desafios do SUAS na cidade de Montes Claros frente ao cenário de austeridade fiscal
Alan Farley Prates Oliveira
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Resumo: O presente estudo buscou avaliar processos de continuidades e descontinuidades que afetaram a Política de Assistência Social e, por conseguinte, o Sistema Único de Assistência Social em um recorte territorial, realizado na cidade de Montes Claros, região norte do estado de Minas Gerais. Como resultado da análise, ficaram evidenciados os traços coronelistas que se perpetuam no processo de desenvolvimento da cidade e suas repercussões na Política de Assistência Social e, concomitantemente, na implantação e implementação do Suas, culminando na crítica à sua não consolidação.
Palavras-chave: Política de Assistência Social. Montes Claros. Suas. Orçamento.
Alan Farley Prates Oliveira: Assistente Social, Mestre e Doutorando em Serviço Social pela PUC-SP. Especialista em Gestão Política da Assistência Social. Especialista em Educação em Direitos Humanos pela UFVJM.
Na luta entre o novo e o velho, o Suas movimenta a Assistência Social como direito
Ieda Maria Nobre de Castro
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Resumo: Este estudo teve o objetivo de analisar a repercussão do processo de implementação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) em jornais de circulação e parlamentos locais de dois municípios no período entre 2004 e 2014. As análises, a partir de matérias jornalísticas veiculadas na mídia impressa e na produção legislativa de câmaras municipais, evidenciam que o embate entre a cultura do direito e do favor movimentou a Assistência Social, transformando-a em linguagem política, inserindo-a na agenda pública dos meios de comunicação de massa e dos parlamentos locais.
Palavras-chave: Cultura Política. Assistência Social. Direito à Assistência Social.
Ieda Maria Nobre de Castro: Assistente social, Diretora da SAGICAD (MDS), doutora em Política Social (UNB).
Benefícios eventuais no Suas/BH: o benefício eventual AVISE como mais proteção
Mariana Bernardo de Brito & Kamila Emanuelle Ladeira
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Resumo: Em Belo Horizonte, em 2017, foi instituído o Benefício Eventual Auxílio por Vivência de Situação de Insegurança Social (AVISE), benefício em pecúnia garantido às famílias em situação de insegurança social agravada pela ocorrência de um evento circunstancial. O presente trabalho buscou avaliar o AVISE a partir dos documentos produzidos pela gestão municipal e da análise de um relato de caso. Avaliou-se que o AVISE pode ser entendido como um avanço na concepção dos benefícios eventuais, considerando que seu escopo está totalmente alinhado ao da política pública de Assistência Social.
Palavras-chave: Cultura Política. Assistência Social. Direito à Assistência Social.
Mariana Bernardo de Brito: Psicóloga, diretora de proteção
social básica do SUAS – BH.
Kamila Emanuelle Ladeira: Psicóloga, analista de políticas
públicas da Prefeitura de BH – MG.

Feminismo decolonial em debate: perspectivas latinoamericanas em políticas públicas e direitos humanos
Jul-Dez 2023 (v. 33 n.2)
Editorial
Feminismo decolonial em debate: perspectivas latinoamericanas em políticas públicas e direitos humanos
Lilia Guimarães Pougy & Ludmila Fontenele Cavalcanti
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Ensaios
Perspectivas feministas decoloniais em algumas autoras: e o caso Brasis? Que políticas?
Mary Garcia Garcia Castro & Tatiana de Paula Soares
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Resumo: Oriundo de perspectivas feministas decoloniais, o presente artigo objetiva entrelaçar conceitos-chave decoloniais para repensar práticas aos países do sul por micropolíticas locais. Para traçar caminhos de re-existência, esse trabalho está dividido em três subseções, em que se apresenta constructos de gênero por Françoise Vergès, Rita Segato e Luciana Ballestrin. Como fecho em aberto, as considerações finais pairam em questões que em suas convergências possam servir de inspiração e instrumento para dialogar, adiante, com propostas de mais autoras brasileiras e movimentos feministas ao mundo ‘Brasis’.
Palavras-chave: Colonialidade do poder. Colonialidade de gênero. Feminismos subalternos. Decolonialidade.
Mary Garcia Garcia Castro: Phd em Sociologia na U. Florida (EEUU. Pós-doutoranda em Estudos Culturais na CUNY UN (New York-EEUU). Professora aposentada (UFBA).
Tatiana de Paula Soares: Doutoranda em Psicologia pela UFRJ. Mestra em Psicologia Clínica, Psicopatologia e Psicologia da Saúde pela Universidade Federal de Toulouse Midi-Pirénées – França – UT2J.
Fora da ordem: deslocamentos de insurgências feministas decoloniais
Tatiana Dahmer Pereira
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Resumo: O texto, a partir de pesquisa bibliográfica, qualifica algumas perspectivas decoloniais feministas para repensar parâmetros e qualificações analíticas no campo dos feminismos. A hipótese é que pensamentos decoloniais feministas possuem uma característica particular e mobilizadora ao se conformarem como processos – e não como uma epistemologia e metodologias fechadas, impulsionando deslocamentos e desafiando o repensar dos feminismos. Possui dois momentos: o do resgate de elementos explicativos das origens e sobre perspectivas decoloniais. A seguir, tratamos de algumas construções feministas decoloniais, fechando com considerações para continuidade do debate.
Palavras-chave: Ações Afirmativas. Direitos Humanos. Legislação.
Tatiana Dahmer Pereira: Professora associada da ESS-UFF. Doutora em Planejamento Urbano e Regional pelo IPPUR-UFRJ. Assistente social formada pela UFRJ. Pesquisadora apoiada pelo CNPQ. Integrante do Núcleo de Pesquisa e Extensão TEIA – UFF.
Corpo-território, os comuns e as mulheres quilombolas
Maria Raimunda Penha Soares
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Resumo: Este artigo apresenta reflexões sobre a dinâmica dos quilombos a partir da perspectiva dos comuns. Trata da organização e da luta das mulheres quilombolas como expressão concreta do que se categoriza como corpo-território. As questões levantadas articulam pesquisa e extensão com os debates recentes propostos por Federici (2022), Almeida (2022) e Gago (2020) sobre Feminismos e a Política dos Comuns; Antirracismo e Territórios de afetos; e Corpo-território. Apresenta contribuições ao debate sobre as lutas e as organizações de mulheres quilombolas na construção de uma sociedade verdadeiramente emancipada.
Palavras-chave: Mulheres quilombolas. Comuns. Corpo-território.
Maria Raimunda Penha Soares: Professora associada do Departamento Interdisciplinar da UFF Rio das Ostras. É mestre (2004) e doutora (2009) em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Artigos – Seção Temática
O racismo e seus reflexos na saúde das docentes negras da UFRJ
Rosimar Borges
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Resumo: Este artigo tem como objetivo contribuir para o debate acerca dos reflexos do racismo na saúde das docentes negras das universidades públicas. O estudo é resultado de uma pesquisa de doutorado realizada com trinta e seis docentes do sexo feminino da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Utilizou-se a pesquisa qualitativa e adotou-se a entrevista semiestruturada. O estudo aponta que as docentes negras são as que mais adoecem no ambiente de trabalho, visto que são as mais cobradas, as invisíveis na sociedade e as reprimidas pelo racismo.
Palavras-chave: Docentes Mulheres Negras. Racismo. Sexismo. Interseccionalidade. Adoecimento.
Rosimar Borges: Assistente Social da UFRJ, doutora em Serviço Social pela UFRJ, coordenadora do curso EAD Tecendo reflexões sobre as opressões de gênero e raça e vice-diretora do Nucleo de Estudos de Politicas Públicas em Direitos Humanos (NEPP-DH).
Trabalho feminino na formação social brasileira: aportes da Teoria da Reprodução Social
Tahiana Meneses Alves
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Resumo: O artigo analisa particularidades do trabalho feminino na formação social brasileira. Parte de uma pesquisa bibliográfica. Possui como suporte analítico a Teoria da Reprodução Social (TRS). O trabalho realizado em países dependentes como o Brasil é superexplorado, especialmente o das mulheres negras. O trabalho reprodutivo por elas realizado é valorado inferiormente, embora seja indispensável à produção e à reprodução do capital. Isso se deve à unidade entre as relações de exploração-opressão de classe, gênero e raça na totalidade social capitalista, tal como sustenta a TRS.
Palavras-chave: Trabalho feminino. Formação social brasileira. Teoria da Reprodução Social. Totalidade social.
Tahiana Meneses Alves: Assistente Social e Mestra em Políticas (UFPI). Mestra e Doutora em Sociologia (UMINHO). Doutoranda em Serviço Social (UFRJ).
O feminismo decolonial e a interseccionalidade nas políticas públicas LGBTI+no Brasil (1998-2021)
Henrique Rabello de Carvalho & Maria Celeste Simões Marques
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Resumo: O presente artigo tem por objetivo analisar as políticas públicas em direitos humanos LGBTI+ no Brasil a partir das propostas teóricas de autoras como Maria Lugones, Ochy Curiel e Oyèrónké Oyěwùmí. Pretende-se analisar o entrelaçamento entre o patriarcado e a heterossexualidade enquanto um regime político em um cenário de desmonte de políticas públicas, por meio de revisão bibliográfica e análise documental. Em um contexto neoliberal e neoconservador no Brasil pretende-se promover reflexões para a construção de práticas emancipatórias a partir de uma estética feminista decolonial.
Palavras-chave: Feminismo decolonial. Políticas públicas. Direitos humanos. Direitos LGBTI+.
Henrique Rabello de Carvalho: Mestre em Políticas Públicas em Direitos Humanos (NEPP-DH/UFRJ).
Maria Celeste Simões Marques: Doutora em Serviço Social.
Uma crítica à reprodução da colonialidade cisgênera no feminismo decolonial
Bruno Latini Pfeil & Cello Latini Pfeil
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Resumo: Este artigo almeja oferecer, por meio de uma crítica decolonial, o desenvolvimento do conceito de colonialidade cisgênera. A partir da análise do conceito de colonialidade de gênero, apontamos para suas brechas em relação à cisgeneridade e às violências direcionadas contra corpos trans. Identificamos que, no feminismo decolonial, a cisgeneridade não é conceitualmente pontuada. Propomos, com isso, contribuir para os estudos de gênero, desenvolvendo, a partir do feminismo decolonial, conceitos que abarquem as narrativas trans e que façam críticas contundentes à cisgeneridade enquanto norma.
Palavras-chave: Colonialidade de gênero. Colonialidade cisgênera. Cisnormatividade.
Bruno Latini Pfeil: Graduando de Psicologia na Universidade Santa Úrsula (USU/RJ). Graduando em Antropologia (UFF). Co-fundador e coordenador da Revista Estudos Transviades.
Cello Latini Pfeil: Mestrando em Filosofia (PPGF/UFRJ). Especialista em Teoria Psicanalítica Freud-Lacaniana (CEPCOP/USU). Coordenador da Revista Estudos Transviades. Pesquisador do CPDEL/UFRJ.
Políticas para mulheres: a luta por igualdade, direitos e enfrentamentos às violências
Silvana Maria Escorsim & Beatriz Santana da Silva
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Resumo: O artigo objetiva analisar a construção da política para mulheres no Brasil, a partir de um resgate sócio-histórico e político da participação dos movimentos de mulheres na luta pela igualdade de gênero, direitos e ações de enfrentamento às violências, numa sociedade patriarcal, cisheteronormativa, machista e sexista. A metodologia utilizada é de natureza qualitativa, com revisão de literatura e pesquisa documental. Os resultados apontam as conquistas obtidas nos governos progressistas e o seu atual desmonte com a assunção de governos ultraneoliberais e ultraconservadores.
Palavras-chave: Política para mulheres. Igualdade de gênero. Direitos. Enfrentamento às violências.
Silvana Maria Escorsim: Docente da Câmara do Curso de Serviço Social da Universidade Federal do Paraná. Doutora em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Beatriz Santana da Silva: Bacharela em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Membro do Grupo de Pesquisa e Extensão Prevenção à Violência Sexual da ESS-UFRJ.
Entre a política e a política pública antirracista no Brasil: qual é a política da política pública brasileira?
Luiza da Costa de Deus
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Resumo: As políticas públicas construídas no Brasil comportam um conflituoso jogo de poder. Estas, contiguamente, refletem a herança colonial fundante da sociedade brasileira ao entrelaçar-se por um vasto arcabouço cultural e socioeconômico mediado pelo racismo. Diante da função e do lugar econômico de país periférico que o Brasil ocupa historicamente no mundo do trabalho, as políticas públicas são repercutidas frente ao “processo mediante o qual as políticas são discutidas, aprovadas e executadas” (BID, 2007, p.21). Partindo-se desta ótica, constata-se que o exercício do fazer político de cada nação impacta significativamente na “qualidade das políticas públicas”, principalmente no que diz respeito às medidas adotadas em favor (ou não) do interesse público. Compreender os verdadeiros aspectos da formação social brasileira, bem como a gênese das políticas públicas direcionadas ao negro — enquanto sujeito da diáspora afro-brasileira com funções pré-definidas pelo sistema dos brancos — se faz de extrema importância para percebermos, sem vendas nos olhos, a política por trás da política pública que constitui o Brasil. Logo, o presente artigo tem como objetivo discutir, a partir da totalidade, a política das políticas públicas no contexto do racismo no Brasil. Sendo assim, a análise propõe situar essa política a partir de uma não política em relação ao povo preto na sociedade brasileira, assim como busca evidenciar as políticas antirracistas como resultantes do mover político que, por consequência, produz as políticas públicas. Ou seja, o jogo de poder (conflito) pelo qual é pautado pelas dimensões ideológica, econômica e social atravessadas pelo racismo.
Palavras-chave: Colonialismo. Políticas Públicas. Direitos Humanos. Antirracismo.
Luiza da Costa de Deus: Especialista em Movimentos Sociais pelo Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos (NEPP-DH – UFRJ).
A urbanização capitalista brasileira e o déficit habitacional: breve análise sobre a segregação espacial a partir de gênero e raça
Joyce Kelly de Jesus Santos, André Henrique Mello Correa & Josefa de Lisboa Santos
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Resumo: O presente artigo tem por objetivo analisar o déficit habitacional brasileiro a partir de gênero e raça, tendo como aporte metodológico pesquisa qualitativa através de revisão bibliográfica e documental. O processo de urbanização capitalista se iniciou na década de 1930 impulsionado pelo Estado. O Brasil urbano-industrial se desenvolveu baseado no rebaixamento do valor da força de trabalho e na concentração de renda. Tais condições foram essenciais para a produção de cidades desiguais e segregadas. O déficit habitacional é o índice utilizado para representar as famílias que vivem em moradias precárias. Ao analisar o recorte de gênero e raça, percebe-se que as mulheres, em especial as mulheres negras, são as mais atingidas com tal problema.
Palavras-chave: Urbanização brasileira. Déficit habitacional feminino. Produção do espaço.
Joyce Kelly de Jesus Santos: Professora e Mestre em geografia pela UFS. Doutoranda em Serviço Social pela ESS-UFRJ.
André Henrique Mello Correa: Assistente Social pela UEPG e mestrando em Serviço Social pela ESS-UFRJ.
Josefa de Lisboa Santos: Licenciada, mestre e doutora em geografia pela UFS.
Descaso ou ferida colonial? Gênero nas políticas públicas educacionais no Brasil
Susane Petinelli Souza
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Resumo: O objetivo do estudo é analisar o gênero nas políticas públicas educacionais no Brasil por meio de uma mirada feminista decolonial, a partir de duas políticas públicas: o Programa Nacional Mulheres Mil e a Política de Cotas no ensino superior. Ambas as políticas desconsideram o gênero, as mulheres são responsabilizadas por determinadas atividades no cotidiano e são vinculadas a certas áreas de atuação. Assim, as mulheres negras são ainda mais prejudicadas quando o gênero é desconsiderado ou preterido, tratando-se mais de uma ferida colonial do que de descaso.
Palavras-chave: Gênero. Política pública. Mulheres. Feminismo decolonial.
Susane Petinelli Souza: Professora Associada do Departamento de Administração (UFES).
“Se o caminho é meu, deixa eu caminhar”: mulheres negras e identidades
Laurita de Queiroz Bomdespacho
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Resumo: O presente artigo visa fomentar o debate das identidades impostas às mulheres negras brasileiras em contraponto a suas verdadeira história e trajetória. Para tanto, utiliza-se das literaturas já existentes e vivências das pesquisadoras, traçando um resgate histórico da construção da sociedade brasileira, na herança da cultura patriarcal portuguesa e perpassada pelo mito da democracia racial, para compreender os reflexos na sociedade contemporânea. Destacam-se ainda exemplos de mulheres negras que rejeitaram a imposição da identidade colonial, demonstrando suas verdadeiras naturezas antes e hoje.
Palavras-chave: Identidades. Mulheres negras. Sociedade brasileira.
Laurita de Queiroz Bomdespacho: UNESP – Franca – SP Faculdade de Ciências Humanas e Sociais – FCHS – Programa de Pós- Graduação em Serviço Social/ PPGSS – Doutoranda.
Sarah dos Santos: UNESP – Franca – SP Faculdade de Ciências Humanas e Sociais – FCHS – Programa de Pós- Graduação em Serviço Social/ PPGSS – Mestranda.
Relatos de experiência
Metodologia de Atendimento Interdisciplinar do Centro de Referência para Mulheres Suely Souza de Almeida (NEPP-DH/UFRJ)
Bárbara Zilli Haanwinckel et alia
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Resumo: Este trabalho propõe apresentar a metodologia de atendimento interdisciplinar desenvolvida pelo Centro de Referência para Mulheres Suely Souza de Almeida (CRM) SSA/NEPP-DH/UFRJ no atendimento individual às mulheres em situação de violência de gênero. O fluxo de atendimento consiste em Acolhida, Acolhimento e Acompanhamento, realizado por profissionais do CRM-SSA, tendo como base princípios estruturantes como o respeito à autonomia, ao protagonismo e fortalecimento da mulher em seus direitos. Ratifica-se a importância do trabalho desenvolvido pelo Centro, no compromisso com a assistência às mulheres, com vistas ao enfrentamento à violência.
Palavras-chave: Atendimento. Metodologia. Violência de gênero. Interdisciplinaridade.
Bárbara Zilli Haanwinckel: Doutora em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Assistente Social do CRM-SSA/NEPP-DH da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Adriana Santos Silva: Mestre em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz. Assistente Social do CRM-SSA/NEPP-DH da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Adriana dos Santos Neves: Mestre em Serviço Social pelo Programa de Pós Graduação em Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro -PPGSS/UERJ. Assistente Social do CRM-SSA/NEPP-DH da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Marisa Chaves Souza: Mestre em Serviço Social pela UFRJ. Assistente Social do CRM-SSA/NEPP-DH da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Natália Molina Romano: Especialista em Psicopedagogia Institucional pela UNOPAR. Psicóloga do CRM-SSA/NEPP-DH da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Renato Fagundes Valadão Ridolfi: Doutor em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Psicólogo do CRM-SSA/NEPP-DH da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Protagonismo feminino no PET de Humanidades e Letras da Unilab/Ceará (2013-2020)
Ana Cássia Alves Cunha et alia
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Resumo: Este artigo analisa o processo de autorreconhecimento do protagonismo feminino e da inserção profissional de bolsistas do PETHL/Unilab, no interstício de 2013 a 2019. A pesquisa participante, de natureza quanti-qualitativa, revisitou a literatura e analisou documentos. Como instrumento de coleta de dados aplicou 18 questionários com tutoras, bolsistas, ativas e egressas. Concluímos que este tem contribuído com o autorreconhecimento, o protagonismo de mulheres negras e profissionalização, bem como tem se mostrado como um lugar seguro onde podemos nos reinventar e romper paradigmas.
Palavras-chave: Protagonismo feminino. Programa de Educação Tutorial. Educação.
Ana Cássia Alves Cunha: Mestranda no Programada de Pós-Graduação Interdisciplinar em Humanidades (POSIH-UNILAB), Bacharel em Humanidades na UNILAB, Bacharel em Comunicação Social – Jornalismo na Faculdades Nordeste e Licencianda em Pedagogia na UNILAB.
Jeannette Filomeno Pouchain Ramos: Pós-doutorada em Belas Artes pela Universidade do Porto – Portugal. Doutora em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará. Professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará e da UNILAB.
Alice de Oliveira Silva: Graduanda em Licenciatura em Letras – Língua Portuguesa, na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB).
Karoliny Monteiro Viana Lima: Bacharel em Humanidades e Pedagogia na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB) e Bacharel em Psicologia (Ratio).
Maria da Luz Fonseca de Carvalho: Mestranda no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Humanidades da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (POSIH-UNILAB), Bacharel em Humanidades (UNILAB) e Licenciatura em Pedagogia (UNILAB).
Mariana da Silva Mota: Licenciatura em Letras Língua Portuguesa na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB).
As Ocupações do Movimento Olga: experiência popular de enfrentamento à violência patriarcal
Olivia Alves da Fonseca Aguera Nunes, Barbara Brame & Larissa Franco
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Resumo: Partindo de estudos sobre as políticas para as mulheres, conjugando-os à experiência da militância, este trabalho se propõe a analisar como o Movimento de Mulheres Olga Benário (MMOB) responde, a partir das suas ações e ocupações, ao desmonte das políticas voltadas às mulheres observado nos últimos anos de gestão federal, propondo também uma teoria alternativa de poder. O artigo revela que as resistências feministas têm demonstrado a potência de suas alianças e contestado a tese de que o Estado tem capacidade de garantir às mulheres uma vida livre de violência.
Palavras-chave: Ocupações. Casa de Referência. Políticas Públicas. Movimento de Mulheres Olga Benário.
Olivia Alves da Fonseca Aguera Nunes: Bacharel em Serviço Social (UFF), Mestre em Políticas Sociais (PPGPS/UENF), Especialista em Políticas Públicas e Justiça de Gênero (CLACSO) e doutoranda em Serviço Social (PPGSS/UFRJ).
Barbara Brame
Larissa Franco

Temas Livres
Jan-Jun 2023 (v. 33 n.1)
Editorial
Andrea Moraes Alves
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Artigos – Temas Livres
A reprodução e o enfrentamento ao machismo no cotidiano das mulheres Resumo: O artigo ora apresentado traz a percepção de mulheres pobres, usuárias dos serviços e programas da política de assistência social, acerca da reprodução e enfrentamento ao machismo em seu cotidiano. O artigo é fruto de pesquisa bibliográfica e de campo, realizada a partir do método do materialismo histórico dialético e que teve como principais resultados a compreensão da realidade do machismo a partir de perspectivas plurais. Sarah Sorati dos Santos: Assistente Social e Técnica em Serviços Jurídicos. sarah.sorati17@outlook.br
Sarah Sorati dos Santos & Tais Pereira de Freitas
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Palavras-chave: Machismo. Patriarcado. Mulheres. Cotidiano. Enfrentamento.
Taís Pereira de Freitas: Professora adjunta do Departamento de Serviço Social (UFTM) e doutora em Serviço Social (UNESP). taispfreitas@hotmail.com
Aborto e discriminação interseccional Resumo: A prática de aborto no país, em grande parte, é oriunda de uma gravidez indesejada, afetando majoritariamente mulheres negras. Essas mulheres passam por diversas discriminações: a americana Crenshaw afirma que as mulheres negras estão posicionadas em uma intersecção de diversos eixos de opressão, definida como teoria da interseccionalidade. O objetivo do artigo é relacionar a ilegalidade do aborto com a teoria. Os estudos analisados demonstram que há uma relação com o aborto e a teoria supracitada, uma combinação de indicadores históricos, numéricos e sociais. Poliana Teixeira de Jesus: Assistente social, especialista em saúde da família (Fundação Saúde
Poliana Teixeira de Jesus & Debora Cecilia Chaves de Oliveira
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Palavras-chave: Saúde da mulher. Interseccionalidade. Gênero. Aborto e feminismo negro.
do Estado do Rio de Janeiro). polly.06@hotmail.com
Debora Cecilia Chaves de Oliveira: Professora substituta UFRJ, docente de pós-graduação Celso Lisboa, enfermeira obstétrica, doutoranda em saúde pública (ENSP-Fiocruz). ceciliadeby@gmail.com
Pátria que me pariu: o governo Bolsonaro e a violência obstétrica Resumo: Adotando como referencial teórico contribuições de Silvia Federici, o artigo tem por objetivo realizar uma breve reflexão acerca do recente posicionamento do Ministério da Saúde sobre o uso do termo “violência obstétrica” no Brasil. Utilizando como objeto o despacho ministerial emitido nos primeiros meses do governo Bolsonaro, além dos apontamentos efetuados durante audiência pública, também realizada em 2019 – com o tema Enfrentamento à violência obstétrica no Brasil –, o artigo propõe a construção de um diálogo entre tais articulações e algumas importantes proposições teóricas de Federici. Déborah Veviani da Silva: Doutoranda PPGCOM-Eco- UFRJ. deborah.veviani@gmail.com
Déborah Veviani da Silva
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Palavras-chave: Violência Obstétrica. Feminismo. Bolsonaro. Misoginia.
Epistemologia feminista e a crítica ao projeto filosófico da ciência moderna ocidental Resumo: Utilizando como base a pesquisa bibliográfica, o presente artigo traz reflexões sobre a invisibilidade histórica das mulheres na construção do conhecimento científico. A partir das contribuições da crítica feminista, procura descontruir a hegemonia masculina e eurocêntrica nas narrativas epistemológicas e evidenciar a importância dos estudos feministas, especialmente considerando as interseccionalidades que possibilitam sua aproximação com as diversas realidades de mulheres, como alternativa a um outro olhar sobre as teorias do conhecimento. Amanda Freitas Souza: Graduada em Serviço Social (Unimontes), mestranda PPGDS (Unimontes). amandafreitass@live.com
Amanda Freitas Souza & Maria da Luz Alves Ferreira
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Palavras-chave: Epistemologia. Feminismo. Crítica Feminista.
Maria da Luz Alves Ferreira: (UFMG), professora do Depto. Política e Ciências Sociais e do PPGDS (Unimontes). mluzferreiraalves@gmail.com
Conhecimento produzido no mestrado em Serviço Social da Universidade Estadual da Paraíba Resumo: O artigo objetiva socializar os resultados da pesquisa documental sobre a produção de conhecimento do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da UEPB. O estudo analisou a relação entre a produção de conhecimento teórico-metodológico do referido programa e a direção social estratégica da profissão. A pesquisa demonstra que, apesar de um considerável número de dissertações estarem sintonizadas com o ideário pós-moderno, prevalece no conhecimento teórico analisado uma direção social alicerçada na perspectiva teórico-metodológica marxista, sinalizando, portanto, para uma relação de aproximação com a direção social estratégica do projeto ético-político profissional. Neyde Jussara Gomes Abdala Rodrigues: Assistente social, mestre em serviço social pela UEPB. jussaraabdala@gmail.com
Neyde Jussara Gomes Abdala Rodrigues & Mônica Barros da Nóbrega
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Palavras-chave: Serviço social. Produção de conhecimento. Pós-graduação. Direção social estratégica.
Mônica Barros da Nóbrega: Docente do Serviço Social ( UEPB) doutora em serviço social (UFPE). monicabnobrega@yahoo.com.br
A natureza e a gênese do Serviço Social: duas teorias conflitantes Resumo: Os fundamentos sobre a gênese do Serviço Social sofreram um verdadeiro redimensionamento na década de 1980, o estabelecendo como uma profissão que se origina pela realidade social e tem suas requisições por ela determinada, o que nos remete diretamente ao seu significado social. Esse artigo, através de revisão de literatura, objetiva expor as principais ideias das duas teses conflitantes sobre a natureza e a gênese do Serviço Social, intuindo contribuir para esse debate acadêmico e pontuando a superação de uma visão evolutiva e endógena do Serviço Social. Silvio Redon: Graduado em serviço social (UEL), doutorando em Serviço Social e Política Social (UEL). silvioredonks@hotmail.com
Silvio Redon & Eliane C. Santos de Campos
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Palavras-chave: Fundamentos de Serviço Social. Teses conflitantes. Visão endogenista. Visão histórico-crítica.
Eliane C. Santos de Campos: Professora adjunta UEL, doutora em Serviço Social (PUC-SP). elianecampos@uel.br
Assistente Social e sua Implicação na Rede de Atenção Psicossocial Resumo: Este artigo busca retomar o debate acerca da política de saúde mental, sua mudança de paradigma, a relação desta política, enquanto um espaço sócio-ocupacional dos assistentes sociais, problematizando a atuação desse profissional e dos demais neste campo no município de Resende/RJ. Adotou-se como percurso metodológico o caráter exploratório e qualitativo. O referencial de base utilizado foi a análise institucional. Os instrumentos utilizados foram a observação participante nos dispositivos/serviços da rede e as entrevistas com os profissionais lotados na saúde mental e Assistência Social. Como resultado identificou um desconforto relacionado ao processo formativo e à atuação dos assistentes sociais como técnicos de saúde mental. Ingrid de Assis Camilo Cabral: Assistente social CAPSAD, doutoranda PPFH (UERJ). ingridcabral.as@gmail.com
Ingrid de Assis Camilo Cabral
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Palavras-chave: Política de Saúde Mental. Espaço sócio-ocupacional. Assistente social.
Um olhar decolonial para narrativas maternas de congolesas refugiadas no RJ Resumo: Este artigo é um desdobramento de um estudo com mulheres congolesas refugiadas e residentes no Rio de Janeiro. É uma pesquisa qualitativa, de abordagem etnográfica, composta por observação participante e entrevistas, realizada em uma instituição de acolhimento, a Caritas RJ, no ano de 2018. É a partir desta interação e apoiada em autoras decoloniais – em particular a africana Oyèrónké Oweyùmí, que retomo ideias sobre análises de gênero e associações entre o sagrado e a maternidade, além do resgate a sua potência transcendental e a faceta empoderadora particular ao ser-mãe. Paula Colodetti Santos: Médica psiquiatra, doutoranda do Programa de Pós em Saúde Coletiva (IMS-UERJ). paulacolodetti@gmail.com
Paula Colodetti Santos
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Palavras-chave: Maternidade. Refúgio. África. Feminismo decolonial.

Saúde da população negra em tempos de pandemia
Jul-Dez 2022 (v. 32 n.2)
Artigos – Temas Livres
Mulheres negras na provisão e distribuição de cuidados no Brasil Resumo: O presente artigo discute a estratificação da organização social e política de cuidados no Brasil a partir da intersecção de raça, gênero e classe em sua provisão e distribuição. A análise se fundamenta na produção das ciências sociais e se estrutura na identificação da centralidade de mulheres negras na provisão do trabalho de cuidado e doméstico, remunerado ou não, como constitutivo da sustentabilidade humana. O debate indica prevalência de assimetrias de raça, gênero e classe em que mulheres negras, principais responsáveis por sua provisão, pouco são contempladas na distribuição do cuidado. Antonio Carlos Oliveira: Professor adjunto do Departamento de Serviço Social (Puc-Rio), doutor em Serviço Social (Puc-Rio). antoniocarlos@puc-rio.br
Antonio Carlos Oliveira & Thamires da Silva Ribeiro
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Palavras-chave: Mulheres negras. Cuidado. Trabalho de cuidado. e doméstico. Organização social e política de cuidados.
Thamires da Silva Ribeiro: Assistente social, doutoranda em Serviço Social (Puc-Rio). thamires.unipaz@gmail.com
Gênero, feminismos e Serviço Social: uma análise dos periódicos científicos Resumo: Este artigo insere-se na pesquisa “Por uma história do gênero/feminismos no Serviço Social”, que visa evidenciar as características e importância dos estudos feministas/gênero nas décadas de 1980-1990 na profissão. O objetivo do artigo é identificar e analisar a incorporação dos estudos feministas e de gênero na produção científica em Serviço Social no período, a partir do exame dos periódicos: O Social em Questão; Em Pauta; Cadernos ABESS; Serviço Social & Sociedade; e Debates Sociais. O artigo busca contribuir para adensar as discussões sobre gênero e feminismos na história do Serviço Social. Rita de Cássia Santos Freitas: Professora titular do Departamento de Serviço Social (UFF – Niterói), doutora em Serviço Social (UFRJ). ritacsfreitas13@gmail.com
Rita de Cássia Santos Freitas, Carla Cristina Lima de Almeida & Ana Lole
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Palavras-chave: Estudos de Gênero. Serviço Social. Revistas Científicas. História do Serviço Social.
Carla Cristina Lima de Almeida: Professora associada da Faculdade de Serviço Social (UERJ), doutora em Ciências Sociais (Unicamp). carlacristina.almeida@yahoo.com.br
Ana Lole: Professora do Departamento de Serviço Social (PUC RJ), doutora em Serviço Social (PUC RJ). analole@gmail.com
Feminismos Interseccionais no Serviço Social: Introspecções Inclementes Resumo: A partir de vivências como docentes, pesquisadoras e alunas, foi analisado como os feminismos e os estudos sobre gênero, classe, raça, entre outros, contribuem tanto para o processo formativo como o exercício profissional. As digressões explicitam tensionamentos que perpassam o processo formativo, cujos debates em sala de aula focalizam uma realidade na qual os alunos não se reconhecem. Por isso, buscam incitar os(as) leitores(as) a repensar o Serviço Social e a ameaça que parece pairar sobre o pacto para a construção de um projeto societário em defesa dos direitos humanos. Josimara Aparecida Delgado Baour: Professora do Curso de Serviço Social (UFBA), doutora em Serviço Social (UFRJ). josimaradelgado@gmail.com
Josimara Aparecida Delgado Baour, Márcia Santana Tavares & Caroline Ramos do Carmo
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Palavras-chave: Feminismos. Interseccionalidade. Serviço Social. Representatividade.
Márcia Santana Tavares: Professora associada do curso de Serviço Social (UFBA), doutora em Ciências Sociais (UFBA). marciatavares1@gmail.com
Caroline Ramos do Carmo: Assistente social, doutoranda do PPGNEIM-UFBA. krolk.rc@gmail.com
Editorial
Saúde da população negra em tempos de pandemia
Rachel Gouveia Passos & Jadir Anunciação de Brito
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Entrevistas
Entrevista com Roberta Gondim
Rachel Gouveia Passos et alia
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Artigos – Seção Temática
Os Condenados da Covid: Entre velhas e novas iniquidades Resumo: Este ensaio apresenta reflexões sobre as vulnerabilidades sociais que circunscrevem o existir da população negra no Brasil. Privilegiou-se realizar um resgate histórico social e analisar os impactos da Covid-19 nessa população através dos seguintes indicadores sociais: violência letal, educação, trabalho, acesso a políticas sociais e insegurança alimentar. Conclui-se que as expressões da questão social sobre a população negra agravam os impactos da doença num processo de aviltamento das contrarreformas e fragilização dos direitos sociais. Deivi Ferreira da Silva Matos: Assistente social, mestrando em Serviço Social (UFRJ). s.david_mattos@hotmail.com
Deivi Ferreira da Silva Matos, Daniel de Souza Campos & Ludmila Fontenele Cavalcanti
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Palavras-chave: População negra. Racismo. Covid-19. Iniquidades sociais.
Daniel de Souza Campos: Professor adjunto da Escola de Serviço Social UFRJ, doutor em Serviço Social UFRJ. daniel.ufano@gmail.com
Ludmila Fontenele Cavalcanti: Professora do PPGSS UFRJ, doutora em Ciências da Saúde FIOCRUZ. ludmila.ufrj@gmail.com
Sofrimento psíquico da população negra brasileira e impactos da pandemia de Covid-19 Resumo: Este artigo evidencia a indissociabilidade entre processo saúde-doença e estrutura social. Realiza-se uma revisão bibliográfica de produções vinculadas à perspectiva marxista, tomando a formação sócio-histórica brasileira, consolidada na opressão racial dos negros; a escassa sistematização científica sobre sofrimento psíquico e racismo, destacando que as manifestações deste sofrimento fatalizam subjetivamente a população negra, problemática agravada com o contexto pandêmico. Demarcamos a urgência de um aprofundamento dos estudos neste tema, ressaltando que a resolutividade desta questão é parte constituinte da luta contra a exploração e opressão, rumo à construção do socialismo. Clara Barbosa de Oliveira Santos: Assistente social, mestre em Educação Profissional em Saúde FIOCRUZ. clarab.santos7@gmail.com
Clara Barbosa de Oliveira Santos, Débora Cristina Lopes Santos & Marina Monteiro de Castro e Castro
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Palavras-chave: Sofrimento psíquico. Racismo. Determinação Social da Saúde. Pandemia.
Débora Cristina Lopes Santos: Assistente social, mestranda em Serviço Social UFJF. deboracristinalopessantos@gmail.com
Marina Monteiro de Castro e Castro: Professora adjunta do Serviço Social UFJF, doutora em Serviço Social UFRJ. marinamcastro@gmail.com
Violência doméstica contra mulheres no contexto da pandemia da Covid-19: interseccionando realidades Resumo: O presente artigo, a partir de pesquisa bibliográfica e análise de dados disponíveis por órgãos públicos, objetiva analisar a violência doméstica contra mulheres negras em tempos de pandemia da Covid-19, entendendo-a como uma questão de saúde pública. A interseccionalidade se apresenta como importante ferramenta de análise. Enfatizamos, na análise, o cenário pandêmico causado pelo vírus da Covid-19, que exacerba as desigualdades, fomentando o adoecimento mental e aumentando os casos de violências domésticas. Ressaltamos o movimento feminista negro enquanto caminho de resistência e ação. Paola Cordeiro Pessanha Campos: Assistente social, doutoranda do Programa de Pós Graduação em Política Social UFF. paolacordeiro@hotmail.com
Paola Cordeiro Pessanha Campos et alia
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Palavras-chave: Violência doméstica. Mulher negra. Covid-19. Saúde pública. Interseccionalidade.
Rita Cássia Freitas: Professora titular do Departamento de Serviço Social UFF, doutora em Serviço Social UFRJ. ritacsfreitas13@gmail.com
Hilton Azevedo Costa Neto: Assistente social, mestrando em Políticas Sociais UFF. hil_azevedo@hotmail.com
Nirelle Rodrigues Marinho: Assistente Social, mestranda em Políticas Sociais UFF. nirelle_rodrigues@hotmail.com
Atenção integral à saúde da mulher: intersecções de gênero e raça Resumo: O artigo analisa a evolução da construção de políticas de atenção à saúde da mulher brasileira, a partir da década de 1980. Refletimos acerca da relação interseccional de gênero e raça, cotejando as narrativas do Programa de Atenção Integral da Saúde da Mulher (PAISM), da Política Nacional de Atenção á Saúde da Mulher (PNAISM) e da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN). Assinalamos ainda a importância dos movimentos feministas e do movimento negro nesse processo. Para isso, lançamos mão da revisão bibliográfica e análise documental. Cristiane Cordeiro da Silva Delfino: Assistente social, doutoranda em Política Social UFF. crisdelfino2012@gmail.com
Cristiane Cordeiro da Silva Delfino
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Palavras-chave: Saúde da mulher. Mulher negra. Gênero. Raça. Movimentos sociais.
População negra, prisão e pandemia: racismo como fator de risco à saúde Resumo: O artigo é fruto de revisão bibliográfica e fomenta reflexões sobre a saúde da população negra no Brasil, numa análise das legislações, das desigualdades sociorraciais e das implicações da Covid-19. Além disso, o artigo apresenta a saúde no sistema prisional, constituído majoritariamente de pessoas negras, num âmbito de violações de direitos. Realidade que se agudizou na pandemia. O estudo aponta que ainda há muito a se fazer para a efetivação do direito à saúde integral da população negra, frente ao racismo estrutural e às desigualdades presentes no sistema capitalista. Giovanna Canêo: Assistente social, doutoranda em Serviço Social PUC-SP. gicaneo80@gmail.com
Giovanna Canêo & Adeildo Vila Nova Silva
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Palavras-chave: Saúde. População negra. Sistema prisional. Covid-19.
Adeildo Vila Nova Silva: Assistente social, doutorando em Serviço Social PUC-SP. adeildovilanova@yahoo.com.br
Relatos de Experiência
Saúde da População Negra: aquilombamento necessário no Rio de Janeiro Resumo: O presente texto apresenta a experiência da roda de conversa realizada em 2021, no formato on-line, com participação síncrona gratuita e aberta a todos os interessados devido ao contexto atual da pandemia de Covid-19, sobre saúde da população negra, como uma das ações estratégicas implementadas de combate ao racismo, a partir da escrevivência dos atores sociais multiprofissionais em seus espaços de trabalho na rede de atenção à saúde, em esfera federal, do Rio de Janeiro. Verônica Caé da Silva Moura: Professora adjunta EEAN-UFRJ, doutora em Enfermagem. vcaesilva@gmail.com
Verônica Caé da Silva Moura, Cintia Santos Nery dos Anjos, Erida Aparecida José da Silva, Fabiana Fernandes de Campos & Leandro Rocha da Silva
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Palavras-chave: População Negra. Atenção à Saúde. Racismo. Educação em Saúde. Covid-19.
Cintia Santos Nery dos Anjos: Assistente social, mestre em saúde pública FIOCRUZ. cintyane77@gmail.com
Erida Aparecida José da Silva: Assistente social, mestre em Educação e Saúde FIOCRUZ. astral_1971@hotmail.com
Fabiana Fernandes de Campos: Administradora. fabianafcampos@yahoo.com.br
Leandro Rocha da Silva: Assistente social, mestre em História das Ciências e da Saúde FIOCRUZ. leorochas@hotmail.com
Estratégias coletivas de enfrentamento à Covid baseadas nas práticas tradicionais de cuidado Resumo: Debate sobre o impacto da pandemia de Covid-19 entre quilombolas, com enfoque na Comunidade Machadinha – Quissamã – RJ. A ida à Machadinha deu-se nos marcos da realização de uma oficina de sabão e sabonete natural. O encontro teve como tema “Plantas Medicinais, Conhecimentos Tradicionais e Agroecologia”. A oficina de saboaria fez parte da pesquisa “Recomendações técnicas, saberes e práticas populares no enfrentamento da Covid-19 em zona rural” (CNPq/MS), com base nos relatos de mulheres quilombolas, buscando uma solução coletiva para o problema identificado. Luana Azevedo: Bacharel em Serviço Social UFF. luanasilvadeazevedo@gmail.com
Luana Silva de Azevedo et alia
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Palavras-chave: Covid-19. Ervas Medicinais. Etnobotânica. Comunidades Remanescentes de Quilombos. Extensão Universitária.
Barbara M. da S. Generoso: Estudante de Nutrição UFRJ. barbaramarques2612@gmail.com
Ilzilá R. de O. Macedo: Estudante de Ciências Biológicas UFRJ. ilzila.bio@gmail.com
Etienne S. Madureira: Pós Graduação em Nutrição Clínica UFRJ. etienne.nutri@outlook.com
Rute R. da S. Costa: Professora adjunta Centro Multidisciplinar Macaé- UFRJ, Doutora em Educação em Ciências e Saúde UFRJ. ruteatsoc@gmail.com
Maria Raimunda Soares: Professora associada Serviço Social UFF, doutora em Serviço Social UFRJ. raysoares2411@gmail.com
Hayda Alves: Professora adjunta Enfermagem UFF, Doutora em Saúde Pública FIOCRUZ. haydaenf@gmail.com
Saúde e resistência nos territórios quilombolas do Vale do Ribeira Paranaense Resumo: Como resultado parcial de pesquisa participante, o texto apresenta a realidade dos quilombolas da região do Vale do Ribeira Paranaense. Em tempos de pandemia intensificou-se a vulnerabilidade com relação ao acesso à saúde, o que apresenta desafios contemporâneos na promoção da equidade racial e na ação contra o racismo estrutural. O trabalho de campo em articulação com a pesquisa bibliográfica indica a importância do fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e a especificidade de uma Política Nacional de Saúde Integral da População Negra com ênfase no campo. Lucilene da Rosa Pereira: Quilombola da Comunidade João Surá, licencianda do Curso de Educação do Campo UFPR. lucilenepereira514@gmail.com
Lucilene da Rosa Pereira
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Palavras-chave: Saúde. Território Quilombola. Resistência.

Feminismos e Serviço Social
Jan-Jun 2022 (v. 32 n.1)
Artigos – Tradução
Relações entre a covid-19, sexismo e racismo no Brasil: uma análise da economia feminista Resumo: A pandemia afeta particularmente às mulheres, dado o aumento do trabalho doméstico não remunerado desigualmente distribuído e as grandes disparidades de gênero e raça que caracterizam o mercado de trabalho. O objetivo deste documento é refletir sobre os potenciais efeitos da crise na vida das mulheres no Brasil, especialmente das mulheres racializadas, com base no estudo empírico das duas dimensões mencionadas: o trabalho doméstico e de cuidado não remunerado e o mercado de trabalho. Esta análise será realizada com base nos microdados publicados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (“PNADC”) no Brasil, em 2019 e 2020. Margarita Olivera: Doutora em Economia Política (Roma La Sapienza), professora adjunta do Instituto de Economia da UFRJ. margarita.olivera@ie.ufrj.br
Margarita Olivera (tradução: Carolina Castellitti)
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Palavras-chave: Cuidados. Trabalho. Covid-19. Mulheres. Brasil.
Artigos – Temas Livres
Pandemia e Saúde do trabalhador: uma análise sobre a precarização do trabalho Resumo: O presente artigo tem como objetivo refletir sobre o atual cenário que a classe trabalhadora vem enfrentando no Brasil, com enfoque nos trabalhadores em home office, trabalhadores da política de saúde, e trabalhadores de aplicativos. Também pretende-se contribuir com pontuações acerca do trabalho desenvolvido por assistentes socias em suas mais diversas áreas. Em resposta à crise sanitária, econômica, social e política, a precarização do trabalho se torna mais latente para a classe trabalhadora, com altas taxas de desemprego, intensificação do trabalho informal, agudização das vulnerabilidades sociais e fragilidade das políticas públicas, justamente no momento em que há uma grande incerteza sobre a vida, ameaçada pelo vírus da covid-19. Este artigo faz uma revisão bibliográfica, com base em notícias, livros e documentos disponibilizados na internet, à luz do materialismo histórico dialético, sobre a materialização da intensificação do sofrimento e da fragilização dos vínculos e precarização das condições de trabalho da classe trabalhadora brasileira. Entre os principais resultados, estão as reflexões de que a crise que vivenciamos não é exclusivamente resultado de um vírus, mas próprias de uma sistema capitalista que por si só é predatório. Um grande desafio é fortalecer soluções em âmbito coletivo em um momento que exige distanciamento social. Ana Carolina de Freitas Campos: Assistente social do Centro de Referência em Saúde Mental (BH), especialista em urgência e trauma (UFOP-MG). carolfreitascampos@hotmail.com
Ana Carolina de Freitas Campos & Mariane Suzze Pereira
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Palavras-chave: Pandemia. Precarização do trabalho. Saúde do trabalhador.
Mariane Suzze Pereira: Assistente social, mestre em serviço social e política social (Universidade de Londrina – PR). marianesuzzi@gmail.com
Editorial
Dossiê Feminismos e Serviço Social
Gláucia Lelis Alves & Luana de Sousa Siqueira
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Ensaios – Seção Temática
Totalidade, reprodução social e divisão sexual-racial do trabalho no capitalismo dependente Resumo: Este artigo busca utilizar as ferramentas teóricas da Teoria da Reprodução Social para compreender de que forma a divisão sexual-racial do trabalho se expressa no terreno da reprodução social diante da totalidade do capitalismo. Abordaremos, em particular, como isso se dá nos países de capitalismo dependente,que é o caso do Brasil e da América Latina, onde há uma força de trabalho estruturalmente superexplorada graças a relações sociais de classe marcadamente racistas e patriarcais e a um desenvolvimento histórico desigual e combinado em relação aos países imperialistas. Clara Gomide Saraiva: Técnica administrativa da UFRJ, mestre em serviço social (UERJ). clarasaraiva@me.com
Clara Gomide Saraiva
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Palavras-chave: Reprodução social. Totalidade. Racismo. Patriarcado. Capitalismo dependente.
Contribuições do método marxista para compreensão do enovelamento, consubstancia Opressão/Exploração Resumo: O presente artigo tem por objetivo contribuir com a apreensão do método materialista histórico dialético nas mediações das relações sociais de gênero, raça e sexualidade, para tanto utilizamos a revisão bibliográfica sobre as categorias alienação, estranhamento, consubstancia e Interseccionalidade. Apresentamos as diferenças entre tais categorias e as incongruências teóricas de Djamila Ribeiro e Akotirene. Qelli Viviane Dias Rocha: Professora assistente do Departamento de Serviço Social (UFMT), mestre em serviço social pela Universidade Estadual Julio de Mesquita Filho- Franca- SP. qellirocha@gmail.com
Qelli Viviane Dias Rocha
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Ao assumirmos a defesa do posicionamento dos escritos de HeleithSaffioti e Mirla Cisne, apontamos como o capitalismo periférico e dependente se amalgama ao patriarcado e ao racismo se particularizando em nossa formação sócio-histórica.
Palavras-chave: Método. Opressão. Consubstancia.
Aleksandra Kollontai: Uma História de Ocupação dos Espaços Não Autorizados Resumo: Este artigo é parte de um estudo sobre a burocratização do Estado operário criado pela Revolução Soviética de 1917 que demonstrou a imprescindibilidade da práxis política de Aleksandra Kollontai para a crítica desse processo. Revolucionária que pensou Estado, economia, direito, organização, feminismo, ela influenciou internacionalmente o movimento de mulheres, a construção de políticas sociais. Sua elaboração foi fragmentada e subsumida no relato androcêntrico, mas é central para repensar os caminhos rumo a uma sociedade além do patriarcado e das classes sociais. Natalia Perdomo dos Santos: Assistente social, mestre em serviço social (UFRJ). tali.perdomo@gmail.com
Natalia Perdomo dos Santos
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Palavras-chave: Revolução Soviética. Aleksandra Kollontai. Burocracia. Feminismo.
Contribuciones de Clara Zetkin para entramados socialistas y feministas Resumen: El presente artículo recoge algunas contribuciones de Clara Zetkin acerca de la emancipación de las mujeres y de pueblos oprimidos en el marco de su perspectiva revolucionaria. En base a una revisión bibliográfica de su obra y su biografía, se exponen tres de sus frentes de acción: por el sufragio universal; por el reconocimiento social del trabajo doméstico y de cuidados; contra el imperialismo y el fascismo. Su trayectoria refleja el sentido plural y democrático de sus acciones tendientes a la revolución socialista. María Cecilia Espasandín: Departamento de Trabajo Social de la Facultad de Ciencias Sociales de la Universidad de la República – Uruguay. macecilia.espasandin@cienciassociales.edu.uy
María Cecilia Espasandín
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Palabras-clave: Zetkin. Socialismos. Feminismos.
Pandemia da Covid-19 e divisão social do trabalho na (re)produção capitalista na atualidade Resumo: O presente artigo pretende contribuir com elementos teóricos que propiciem a reflexão sobre a relação entre a divisão social, racial/étnica, cis-hetero-binária-generificada, territorial/internacional do trabalho, a Teoria da Reprodução Social e a luta de classes no contexto da crise estrutural do capital, agudizada na atualidade pela pandemia da Covid-19. Trata-se da análise-chave sobre as relações entre classe, raça, gênero, sexualidade e territorialidade para compreender a concretude das opressões na exploração capitalista. Camila Carduz Rocha: Assistente social, mestre em serviço social (UFRJ). camilacarduzrocha@yahoo.com
Camila Carduz Rocha
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Palavras-chave: Divisão social, racial/étnica, cis-hetero-binária-generificada, territorial/internacional do trabalho. Teoria da Reprodução Social. Covid-19. Crise da reprodução social.
Feminismo e Serviço Social no enfrentamento à violência obstétrica Resumo: Este artigo tem como objetivo refletir sobre contribuições do serviço social, em uma perspectiva feminista e antirracista, para o enfrentamento à violência obstétrica nos espaços da Atenção Primária à Saúde, observando como as relações sociais de sexo, raça/etnia e classe influenciam na experiência dessa violência obstétrica.Utilizamos pesquisa bibliográfica e de campo, com abordagem qualitativa. É de grande importância que o serviço social se aproprie dessa temática como forma de estimular as discussões sobre a defesa dos direitos das mulheres e reconhecimento da profissão no enfrentamento à violência obstétrica. Mirla Cisne: Professor adjunta da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, doutora em serviço social (UERJ). mirlacisne@uern.br
Mirla Cisne & Raíssa Paula Sena dos Santos
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Palavras-chave: Violência contra as mulheres. Violência obstétrica. Feminismo. Serviço Social.
Raíssa Paula Sena dos Santos: Assistente social, mestre em serviço social e direitos sociais (UERN). raissa.uern.servicosocial@gmail.com
Formação acadêmico-profissional e o debate da humanização do parto numa perspectiva feminista-antirracista Resumo: O artigo apresenta ensaio crítico, abordando a questão da formação de profissionais da saúde sobre o enfrentamento da violência obstétrica e a luta pelo direito das mulheres ao atendimento humanizado. Recorre-se à revisão bibliográfica e evidências científicas, a fim de descortinar violações de direitos institucionalizadas na assistência à parturição. Reúnem-se profissionais de diferentes áreas, objetivando apreender esta questão enquanto resultado direto das opressões no capitalismo, racismo e patriarcado. Como resultado, propõe-se conteúdos temáticos a serem transversalizados na formação acadêmico-profissional, na busca pela promoção de saúde pública e pelo atendimento humanizado. Priscila Fernanda Gonçalves Cardoso: Professora associada do Serviço Social (UNIFESP). pcardoso@unifesp.br
Priscila Fernanda Gonçalves Cardoso, Ana Lúcia Oliveira Ramos, Aline de Carvalho Paiva, Fernanda Frias Motta, Letícia Yumy Tabosa Matsunaga, Bruna Rubio & Thaís Perico
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Palavras-chave: Formação Acadêmico-Profissional. Violência Obstétrica. Humanização do parto. Violência contra a mulher. Racismo.
Ana Lúcia Oliveira Ramos: Mestre em polítca social e serviço social (UNIFESP). nana_puc@yahoo.com.br
Aline de Carvalho Paiva: Assistente social. carvalho.aline@unifesp.br
Fernanda Frias Motta: Graduanda em serviço social (UNIFESP). fernanda.frias@unifesp.br
Letícia Yumy Tabosa Matsunaga: Mestre em serviço social e políticas sociais (UNIFESP). leticiayumymt@gmail.com
Bruna Rubio: Doula e moderadora do Partejar Santista. brunarubio@gmail.com
Thaís Perico: Advogada. limaperico.advocacia@uol.com.br
A lei de alienação parental e a lei da guarda compartilhada obrigatória: para o melhor interesse da manutenção da violência contra mulheres/mães e crianças Resumo: Este artigo trata da violência legítima contra mulheres/mães e crianças pelo uso das Leis de Alienação Parental e da Guarda Compartilhada. Apresentamos a história da construção dessas leis, bem como pesquisas e informações processuais que vão contra os direitos humanos e as leis de proteção à infância. Nesse sentido, apresentamos contradições entre legislações, como a Lei Maria da Penha, que tem seus instrumentos de proteção inatingíveis devido aos impedimentos apresentados na Lei de Alienação Parental e na Lei da Guarda Compartilhada. Alessandra Pereira de Andrade: Coletivo de Proteção à Infância Voz Materna. aandrade@trt4.jus.br
Alessandra Pereira de Andrade & Sibele de Lima Lemos
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Palavras-chave: Violência Intrafamiliar. Abuso Sexual. Alienação Parental. Guarda Compartilhada.
Sibele de Lima Lemos: Coletivo de Proteção à ìnfância Voz Materna. belelilemos@gmail.com
(Des)criminalização do aborto e Serviço Social: desafios para o cotidiano profissional Resumo: O objetivo deste artigo é refletir sobre o contexto da (des)criminalização do aborto no Brasil e como tal realidade rebate no cotidiano profissional a partir das posições políticas aprovadas nos fóruns deliberativos do conjunto CFESS/CRESS. Para tanto, realizou-se pesquisa documental e bibliográfica a partir da referência da tradição marxista. A conclusão inicial mostra que a criminalização do aborto no Brasil é fruto do aprofundamento das desigualdades presentes na periferia do capitalismo e que as deliberações do conjunto CFESS/CRESS, apesar de extremamente importantes, ainda não espraiaram no cotidiano profissional. Thais de Biazzi Oenning: Assistente social, mestre em serviço social (Unioeste- Toledo-PR). thaisdebiazzi@hotmail.com
Thais de Biazzi Oenning & Esther Luiza de Souza Lemos
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Palavras-chave: Aborto. Serviço Social. CFESS/CRESS.
Esther Luiza de Souza Lemos: Docente Serviço Social (Unioeste- Toledo-PR, doutora em Serviço Social (UFRJ). estherlemos@gmail.com
Experienciando uma formação feminista interseccional: Contribuições ao serviço social Resumo: O presente artigo pretende abordar a experiência teórico-prática desenvolvida pelo Projeto de Pesquisa e Extensão Luta Antimanicomial e Feminismos. No primeiro momento objetiva-se apresentar elementos que constituem o debate dos feminismos interseccionais; em segundo abordaremos sobre a relação teoria e prática em uma perspectiva de formação interseccional e, por fim, será exposta a sistematização das ações realizadas pelo projeto. Destacamos que a metodologia envolve levantamento e revisão de bibliografia e observação participante. Rachel Gouveia Passos: Professora adjunta da Escola de Serviço Social (UFRJ), doutora em Serviço Social (PUC-SP). rachel.gouveia@gmail.com
Rachel Gouveia Passos, Melissa de Oliveira Pereira, Amanda Regina Fontes do Lago, Jessica Taiane da Silva, Natalia Gonçalves Duque de Sá Estrada Meyer, Priscila Fernandes da Silva & Priscila Marques Niza de Oliveira
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Palavras-chave: Interseccionalidade. Feminismo. Saúde Mental. Extensão.
Melissa de Oliveira Pereira: Docente de Psicologia (IBMR), doutora em saúde pública (ENSP-FIOCRUZ). melissadeoliveira@gmail.com
Amanda Regina Fontes do Lago: Graduanda Serviço Social (UFRJ). amandafontesdolago@gmail.com
Jessica Taiane da Silva: Graduanda Serviço Social (UFRJ). jtaianne@outlook.com
Natalia Gonçalves Duque de Sá Estrada Meyer: Graduanda em psicologia (UFRJ). nathaliameyer08@gmail.com
Priscila Fernandes da Silva: Assistente social. prika.sfernandes@gmail.com
Priscila Marques Niza de Oliveira: Graduanda em Serviço Social (UFRJ). pnizaa@gmail.com
Resenhas
Assistência Social em debate: interfaces de uma política em construção, de Fátima Valéria Ferreira de Souza (org.)
Renato Francisco dos Santos Paula
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Temas Livres
Jul-Dez 2021 (v. 31 n.2)
Editorial
Apresentação
Andrea Moraes Alves
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Artigos – Temas Livres
Elementos introdutórios para pensar sobre o Exército Industrial de Reserva no Brasil Resumo: Neste artigo, a partir de revisão de literatura, pesquisa documental e utilização de dados secundários, buscamos oferecer algumas pistas capazes de nos permitir avançar no entendimento de como as camadas do Exército Industrial de Reserva (EIR) se expressam na realidade brasileira e os tipos de sujeitos e de formas de inserção laboral que a dinamizam. Concluímos indicando que a expansão do EIR vem se dando acompanhada pela generalização da precarização laboral e, conformando, no Brasil, uma nova morfologia da classe trabalhadora. Hiago Trindade: Docente no curso de Serviço Social da UFCG, doutor em serviço social UFRJ. hiagolira@hotmail.com
Hiago Trindade
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Palavras-chave: Exército Industrial de Reserva. Trabalho. Precarização. Brasil.
Serviço Social nas transformações societárias: “viradas” de uma profissão centenária Resumo: O artigo examina por que a profissão se abriu à teoria social marxista, apesar da conjuntura de “crise de paradigmas” nas Ciências Sociais, que lhe restringia espaços. Foi feito o resgate do processo de institucionalização da profissão no Brasil, examinando o contexto que levou ao seu processo de renovação, suas direções em disputa e a consolidação da hegemonia do movimento da intenção de ruptura. Hegemonia cada vez mais afirmada e/ou questionada, demonstrando o pluralismo no interior da profissão e refletindo a batalha das ideias vigente na própria sociedade contemporânea. Caroline Magalhães Lima: Mestre em serviço social pela UFPE. carol_pds@hotmail.com
Caroline Magalhães Lima
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Palavras-chave: História do Serviço Social. Serviço Social e Marxismo. Transformações societárias e Serviço Social.
Cotidiano e ontologia do ser social no pensamento de Lukács: reflexões introdutórias Resumo: O objetivo deste escrito é contribuir para uma análise da vida cotidiana no pensamento lukacsiano e sua relação com a ontologia do ser social. A espinha dorsal de sua teoria da cotidianidade está em seus estudos sobre as questões estéticas, inseparáveis, por usa vez, da perspectiva ontológica, na qual a estética é uma das atividades mais elevadas de objetivação do ser social, que, tendo como ponto de partida a vida cotidiana, a ela retornam com a potencialidade de transformá-la num espaço de ampliação e enriquecimento do próprio ser social. Mónica Brun Beveder: Docente do Departamento de Trabajo Social, Facultad de Ciencias Sociales, UdelaR, doutora em serviço social pela FSS/UERJ. mbrunb@hotmail.com
Mónica Brun Beveder
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Palavras-chave: Lukács; cotidiano; ontologia.
Carlos Nelson Coutinho, György Lukács e a reavaliação das vanguardas Resumo: O presente artigo tem por objetivo colocar em discussão a reavaliação das vanguardas modernistas operada pelo pensador marxista brasileiro Carlos Nelson Coutinho (1943-2012), que foi amplamente influenciado pelas ideias do filósofo marxista húngaro György Lukács (1885-1971). No texto, analisamos a produção de Coutinho, sobretudo o livro Lukács, Proust e Kafka, de 2005, e lançamos algumas ideias visando compreender o valor da produção do pensador brasileiro no que tange à reavaliação das vanguardas artísticas do século XX e a teoria literária lukacsiana como um todo. Rafael da Rocha Massuia: Professor na Universidade do Centro-Oeste (Unicentro), doutor em ciências sociais UNESP-Araraquara. massuia@gmail.com
Rafael da Rocha Massuia
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Palavras-chave: Carlos Nelson Coutinho; György Lukács; marxismo; estética; literatura.
Conflitos envolvendo quilombolas no Rio Grande do Sul: entre raça, classe e território Resumo: As discussões sobre questão agrária possuem uma longa trajetória no Brasil, ao longo da qual houve mudança nos termos do debate e formulação de políticas que incidem no acesso à terra. Partindo do referencial da Perspectiva Decolonial, o artigo tem por objetivo abordar uma dimensão que não tem sido contemplada nas discussões, a qual diz respeito à questão racial. A reflexão tem por base a revisão de dados secundários e a coleta e análise de dados de entrevistas realizadas junto a comunidades quilombolas no estado do Rio Grande do Sul em 2018. Segue-se a linha argumentativa de que, além de classe, raça interfere na distribuição da propriedade fundiária, tendo sido invisibilizada nas discussões sobre a questão da terra no país. Adriane Cristina Benedetti: Fundação Nacional do Índio, doutora em desenvolvimento rural UFRGS. adriane.benedetti@gmail.com
Adriane Cristina Benedetti, José Carlos Gomes dos Anjos
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Palavras-chave: colonialidade; racialização; comunidades quilombolas; território
José Carlos Gomes dos Anjos: Professor do Programa de Pós Graduação em Sociologia e Desenvolvimento Rural da UFRGS. jcdosanjos@yahoo.com.br
Questão agrária e formação profissional: fundamentos a partir da realidade Resumo: Trata sobre a questão agrária e a sua abordagem na formação em Serviço Social, visando identificar os fundamentos que embasam o seu reconhecimento e análise como matéria profissional. Resulta de pesquisa bibliográfica e documental, de caráter exploratório e abordagem qualitativa, fundamentada no método em Marx. No desenvolvimento trata sobre a realidade social, as particularidades da questão social e o perfil generalista da formação. Defende a indissociabilidade das dimensões agrária, urbana e ambiental constitutivas da realidade social. Mailiz Garibotti Lusa: Professora adjunta do Departamento de Serviço Social da UFRGS, doutora em serviço social PUC-SP. mailiz@ufrgs.br
Mailiz Garibotti Lusa
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Palavras-chave: questão agrária; formação profissional; realidade; totalidade
Feminismos e a emancipação da América Latina Resumo: Este artigo é parte de uma pesquisa maior, realizada no norte da Amazônia e sul do Brasil. As análises se sustentam em uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL) sobre os feminismos latino-americanos, a qual objetivou compreender o campo de luta das mulheres latinas. Os resultados apontaram que esse campo se filia à crítica ao projeto colonial e faz a defesa de que a libertação das mulheres emancipará a América Latina, rompendo com o sistema opressivo de base colonialista e imperialista que sustenta a estrutura racista, sexista e classista do capitalismo. Maria Amoras: Professora adjunta da Faculdade de Serviço Social da UFPA, doutora em antropologia pela UFPA. mmaria.amoras@gmail.com
Maria Amoras, Solange Maria Gayoso da Costa, Natália Aguiar de Barros
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Palavras-chave: Feminismos. América Latina. Território. Colonialidade. Descolonialidade
Solange Maria Gayoso da Costa: Professora associada da FSS-UFPA, doutora em Ciencias Socioambientais. solgayoso@ufpa.br
Natália Aguiar de Barros: Graduanda em serviço social UFPA. nataliaaguiardeb@gmail.com
A experiência de cuidado no contexto do zika vírus Resumo: Este estudo buscou compreender a experiência de quatro mães de crianças afetadas pela Síndrome Congênita do Zika Vírus, no Estado do Rio de Janeiro. Para tanto, foi utilizada a técnica de entrevistas abertas com o objetivo de captar as experiências das mulheres. Os relatos demonstraram a sobrecarga física e emocional vivenciada pelas mães, além dos impactos financeiros. O desenho das políticas públicas deve, portanto, levar em consideração as intersecções entre gênero e deficiência e reconhecer os marcadores de opressão e vulnerabilidade das duas categorias envolvidas nas relações de cuidados. Gabriela Carneiro Peixinho: Administradora, Diretora da ONG “Luta pela Paz” e Mestre em Políticas Públicas e Direitos Humanos (NEPP-UFRJ). gcpeixinho@gmail.com
Gabriela Carneiro Peixinho
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Palavras-chave: Deficiência; Cuidado; Zika; Deficiência ampliada.
Guerreiras de luta: mulheres assistentes sociais e luta pelos direitos dos idosos Resumo: Este artigo tem como objetivo compreender quem são e como se formam militantes pelos direitos dos idosos. Para atingir este objetivo foram escolhidas trajetórias de vida de dez mulheres assistentes sociais aposentadas, com mais de 60 anos. A metodologia se baseou na Teoria Ator-Rede (LATOUR, 2012), seguindo e traçando as redes de suas ações (2016 a 2018). O artigo é divido entre tópicos que desenvolvem: quem são as pesquisadas, que causas defendem, o que pensam sobre os idosos e qual o papel das mulheres na militância pelos direitos dos idosos. Beatrice Cavalcante Limoeiro: Doutora em sociologia e antropologia (PPGSA-UFRJ), professora de sociologia no Colégio Técnico da UFRRJ. beatricelimoeiro@gmail.com
Beatrice Cavalcante Limoeiro
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Palavras-chave: Envelhecimento; Militância; Gênero; Direitos; Cuidad0
Resenhas
Clássicas do Pensamento Social: mulheres e feminismos
no século XIX, de Verônica Toste Daflon e Bila Sorj
Andrea Moraes Alves
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Expressões contemporâneas da questão agrária
Jan-Jun 2021 (v. 31 n.1)
Editorial
Expressões contemporâneas da questão agrária
Maristela Dal Moro, Elaine Martins Moreira, Leile Teixeira
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Artigos – Seção Temática
Ecologização do capital agrário: novas fronteiras para a expansão capitalista Resumo: Análise da ecologização do capital agrário fundamentada na crítica da dinâmica expansiva do valor. Ecologização do capitalismo no campo são as formas capitalistas de contornar os obstáculos da crise ambiental decorrentes movimento expansivo do valor na agricultura. A crítica destaca a insustentabilidade do modo de produção capitalista e considera que a ecologização desenvolve-se como mercadorização da natureza, constituindo-se em em modalidade de expansão do capital. Contraditoriamente combinada, a ecologização do campo revela a insustentabilidade do capital, apontando para a necessidade de sua superação para o estabelecimento de relações sustentáveis. Julio Cesar Pereira Monerat: Professor do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais – Muriaé, membro da coordenação colegiada da Rede Tecnológica de Extensão Popular (Retep) e doutor em Serviço Social pela UERJ. julio.monerat@gmail.com
Julio Cesar Pereira Monerat
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Palavras-chave: capital agrário; ecologização; crise ambiental; sustentabilidade.
“Questão social”, questão agrária e dependência em debate Resumo: Na América Latina o avanço capitalista que se processa no campo teve e tem por base a grande propriedade da terra. É sobre esse espaço que se estruturam o desenvolvimento e, consequentemente, onde se apresentam as primeiras formas de conflito entre o capital e o trabalho. São essas as determinações que constituem nossas relações de capitalismo dependente. Conclui-se, portanto, que em nossas realidades a questão social e a questão agrária estão intrinsecamente vinculadas e se apresentam como problemáticas centrais para qualquer perspectiva de transformação social. Cristiane Francelina Dias: Doutora em Ciências Sociais -Estudos Comparados sobre as Américas (PPGECsA/UNB). ccristerra@gmail.com
Cristiane Francelina Dias, Vanderlei Martini
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Palavras-chave: questão agrária; “questão social”; dependência.
Vanderlei Martini: Professor Substituto no Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Ouro Preto (DESSO/UFOP), mestre em política social pela UNB. martini.rsmg@gmail.com
Tendências contemporâneas da dinâmica capitalista na “zona da cana” nordestina Resumo: O artigo analisa tendências da dinâmica capitalista na agroindústria canavieira nordestina neste início de século. Para tanto, apresenta um panorama do setor sucroalcooleiro em âmbito nacional e problematiza, em seguida, as particularidades da chamada “zona da cana” nordestina, formada pelos estados de Alagoas, Pernambuco e Paraíba. Metodologicamente, sob o aporte categorial da crítica da economia política, vale-se de interlocução com a literatura especializa sobre o tema, documentos e dados oficiais a fim de responder ao objetivo do texto. Lucas Bezerra: Educador popular na Escola Nacional Paulo Freire, mestre em serviço social pela UFPE. lucasbezerra.1917@gmail.com
Lucas Bezerra
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Palavras-chave: Desenvolvimento capitalista; Classes sociais; Nordeste; Agroindústria canavieira.
Expropriação da terra na Amazônia: intervenção do Estado e desigualdade socioeconômica Resumo: O artigo aborda a expropriação da terra na sociabilidade burguesa, que subsidia a compreensão da Amazônia como lugar de intensificação da luta de classes. Com base em levantamento bibliográfico, orientado pelo método do materialismo histórico e dialético, o texto analisa a expropriação da terra na ordem burguesa e, como na particularidade histórica da Amazônia, o Estado contribuiu com a expropriação da terra em favor das empresas capitalistas, intensificando as contradições sociais e econômicas, mediadas pela produção da riqueza e ampliação da pobreza, por meio da superexploração da classe trabalhadora. Mônica de Melo Medeiros: Mestre em Serviço Social pela Universidade Federal do Pará/UFPA. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da UFPA. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas Cidade, Habitação e Espaço Humano/GEP-CIHAB. m3monicamelo@gmail.com
Mônica de Melo Medeiros, Joana Valente Santana
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Palavras-chave: Expropriação da terra; espoliação; superexploração; Amazônia.
Joana Valente Santana: Docente da Faculdade e do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Federal do Pará/UFPA. Doutora em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ. Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas Cidade, Habitação e Espaço Humano/GEP-CIHAB. Bolsista Produtividade em Pesquisa CNPq. joanavalente@ufpa.br
A (contra) reforma agrária no Rio de Janeiro: a atuação do Judiciário fluminense Resumo: O presente artigo investiga a atuação do Judiciário na contrarreforma agrária no Estado do Rio de Janeiro, a partir da análise das ações de desapropriação envolvendo assentamentos rurais criados após 1988. São usadas metodologias quantitativas e qualitativas, bem como o estudo de caso de dois assentamentos: o Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Osvaldo Oliveira e o Assentamento Irmã Dorothy. Percebemos que um olhar patrimonialista e proprietário dos magistrados ao julgar as referidas ações, predominando uma interpretação das leis e da Constituição Federal restritiva aos avanços na política de Reforma Agrária. Jessica Soares Borges: Bacharelanda em Direito na FND/UFRJ. jessicasoares1999@gmail.com
Jessica Soares Borges, Ana Claudia Tavares, Fernanda Vieira, Mariana Trotta Dallalana Quintans, Thiago Carvalho de Oliveira Garcia, Fhylipe Nascimento de Morais, Viviane Carnevale Hellmann, Francisco Trope da Silva Porto, Maria Luiza Galle Lopedote, Fernanda Aldecoa Ferreira, Matheus Oliveira Macruz
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Palavras-chave: Reforma Agrária; Poder Judiciário; Movimentos Sociais; Assentamentos Rurais.
Thiago Carvalho de Oliveira Garcia: Bacharelando em Direito na FND/UFRJ. garciathiago1997@gmail.com
Fhylipe Nascimento de Morais: Advogado formado pela Faculdade Nacional de Direito/UFRJ, Pós-graduando em Direito Penal e Criminologia pelo Introcrim/CEI e residente jurídico na Defensoria Pública da União. fhylipe.nmorais@yahoo.com.br
Viviane Carnevale Hellmann: Bacharelanda em Direito na FND/UFRJ e licenciada em Ciências Biológicas na UFRJ. vivianech@gmail.com
Francisco Trope da Silva Porto: Bacharelando em Direito na FND/UFRJ. chicotrope@gmail.com
Maria Luiza Galle Lopedote: Advogada formada pela Faculdade Nacional de Direito/UFRJ e historiadora formada pela FAED/UDESC. marialuizalopedote@gmail.com
Flávia Aldecoa Ferreira: Bacharelanda em Direito na FND/UFRJ. flaldecoa@gmail.com
Matheus Oliveira Macruz: Bacharelando em Direito na FND/UFRJ. matheusomacruz@gmail.com
Mariana Trotta Dallalana Quintans: Professora da FND/UFRJ, Doutora em Ciências Sociais pelo CPDA/UFRRJ. É coordenadora do NAJUP Luiza Mahin e do Projeto de Pesquisa “Mapeando a Reforma Agrária no Rio de Janeiro: uma análise da atuação Judiciário e do INCRA”. marianatrotta@direito.ufrj.br
Fernanda Vieira: Professora do Nepp-DH/UFRJ. Doutora em Ciências Sociais pelo CPDA/UFRRJ. É coordenadora do NAJUP Luiza Mahin. fernanda@marianacriola.org.br
Ana Claudia Tavares: Professora do Nepp-DH/UFRJ. Doutora pelo CPDA/UFRRJ. É coordenadora do NAJUP Luiza Mahin. ana@marianacriola.org.br
Políticas públicas de colonización agraria en Uruguay (1923-2020) Resumo: El presente artículo tiene el objetivo de presentar las políticas públicas de tierras en Uruguay entre 1923 y 2020. En particular, se enfoca en la historia del Instituto Nacional de Colonización (INC) creado en 1948. La metodología se sustenta en diversas fuentes documentales. Las reflexiones finales apuntan a una necesaria mirada histórica para comprender la actual coyuntura de debate sobre los fines y alcances de la colonización agraria en Uruguay. Agustin Juncal Perez: Docente e investigador del Departamento de Sociología (Facultad de Ciencias Sociales, Universidad de la República). Licenciado en Sociología y Magíster en Historia Política por la Universidad de la República (Udelar). agustin.juncal@cienciassociales.edu.uy
Agustín Juncal Pérez
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Palavras-chave: políticas públicas; colonización; Uruguay.
Experiências de comercialização de cestas da agricultura familiar no Rio de Janeiro: uma proposta de tipologia Resumo: O aumento das vendas de produtos orgânicos e agroecológicos de pequenos agricultores pode ser vista como uma demanda da sociedade por alimentação saudável e por maior visibilidade da agricultura familiar. Se, por um lado, as organizações que os comercializam viabilizam sua chegada aos consumidores, por outro, representam diferentes objetivos e contribuições. Este artigo analisa seis experiências de comercialização de produtos da agricultura familiar no Rio de Janeiro, com foco na motivação para sua estruturação e a contribuição para o fortalecimento da organização dos trabalhadores rurais. Layssa Ramos Maia de Almeida: Pesquisadora-Extensionista no Núcleo de Solidariedade Técnica (Soltec/UFRJ), Mestre em Tecnologia para o Desenvolvimento Social (PPGTDS/Nides/UFRJ). layssarma@gmail.com
Layssa Ramos Maia de Almeida, Carolina Soares de Carvalho, Beatriz Gomes de Souza, Andreia Alves Lindoso, Izabela Caroline Shaus Abreu, Jaqueline Menezes Da Matta, Felipe Addor
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Palavras-chave: cestas da agricultura familiar; comercialização; agroecologia; alimentos orgânicos; Rio de Janeiro.
Carolina Soares de Carvalho: Licenciada em Ciências Sociais pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (UFRJ), extensionista-bolsista do Projeto Campo-Cidade (CACI/SOLTEC/NIDES). carol.soares28@gmail.com
Andreia Alves Lindoso: Graduanda em Administração pela UFRJ e extensionista do Projeto Campo-Cidade (SOLTEC/UFRJ). andreialindoso@outlook.com
Beatriz Gomes de Souza: Graduanda em Gestão Pública para o Desenvolvimento Econômico e Social (IPPUR/UFRJ). gomesbeatriz.ufrj@gmail.com
Izabela Caroline Shaus Abreu: Graduanda em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ. Pesquisadora do coletivo PERIFAU – Urbanismo e Periferia (PROURB/FAU/UFRJ) e extensionista no Projeto CACI – Campo Cidade (SOLTEC/UFRJ). izabela.abreu@fau.ufrj.br
Jaqueline Menezes Da Matta: Graduanda em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ. Pesquisadora bolsista pelo coletivo PERIFAU – Urbanismo e Periferia (PROURB/FAU/UFRJ) e extensionista no Projeto CACI – Campo Cidade (SOLTEC/UFRJ). jaqueline.matta@fau.ufrj.br
Felipe Addor: Professor e Diretor do Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social (Nides/UFRJ). Docente do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia para o Desenvolvimento Social. felipe@nides.ufrj.br
Projeto “Cestas Verdes”: uma experiência concreta de Segurança Alimentar e Nutricional Resumo: O artigo apresenta o projeto “Cestas Verdes: o acesso à alimentação saudável por parte da população vulnerável em Franca” realizado em 2020. Foi uma iniciativa que levou alimentos saudáveis direto de pequenos produtores para famílias usuárias da política de assistência social; envolveu a universidade pública e outras entidades populares. O artigo traz o debate sobre a fome e sua explícita relação com o modelo predatório de agricultura, apresenta os marcos legais da política de SAN e a importância da soberania alimentar; por fim detalha a execução e importância do projeto. Raquel Santos Sant´Ana: Livre Docente da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da UNESP-Franca. raquel.santana@unesp.br
Raquel Santos Sant´Ana, Gabriel Okubo Awazu Palma, Julia Gusmini
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Palavras-chave: Fome; questão agrária; e segurança e soberania alimentar.
Gabriel Okubo Awazu Palma: Bacharelando em Relações Internacionais na UNESP-Franca. gabrielokubopalma@hotmail.com
Julia Gusmini: Bacharelanda em História na UNESP-Franca. juliagusmini@gmail.com
Entrevistas
Entrevista com a liderança indígena Eronildes de Souza Fermin
Maristela Dal Moro, Elaine Martins Moreira, Leile Teixeira
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Territórios e lutas sociais – insurgências e resistências contra a mercantilização da vida
Jul-Dez 2020 (v.30 n.2)
Editorial
Territórios e lutas sociais – insurgências e resistências contra a mercantilização da vida
Gabriela Lema Icasuriaga, Cecília Paiva Cavalcanti
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Ensaios
Cupim que vai pra festa de tamanduá Resumo: Cupim que vai pra festa de tamanduá não volta! Um chamado de atenção àqueles que lutam pelo respeito à vida e ao território para não cair nas armadilhas que conduzem a esperar por soluções ditas inclusivas, que acabam distanciando das trajetórias e das próprias forças ancestrais dos povos Afro. Antônio Bispo dos Santos: Mestre quilombola, lavrador, e docente INCT. bispoquilombo@gmail.com
Antonio Bispo dos Santos
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Palavras-chave: Colonialismo; Territorialidades; Cosmovisões.
Artigos – Seção Temática
Espacialidade do capital e metamorfose do território Resumo: O artigo aborda questões relacionadas à dimensão espacial do capital e às transformações do território, decorrentes da exploração capitalista do espaço. Apresenta tratamento conceitual, destacando as noções de espaço, território, Estado e globalização. Tem como objetivo refletir sobre o processo capitalista de produção do espaço, considerando aspectos socioambientais, determinantes estruturais, desigualdades e crises. Enfoca a conversão do uso da terra na espacialidade do capital. A discussão resulta de estudos e pesquisas desenvolvidas na trajetória acadêmica de produção de conhecimento sobre o tema, articulando ensino, pesquisa e extensão. Helena Lúcia Augusto Chaves: Professora Associada da Universidade Federal de Pernambuco/Departamento de Serviço Social/Graduação e Pós-Graduação em Serviço Social e Doutora em Sociologia pela UFPE. É líder do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Estado, Política Pública e Sociedade – GEPPS/UFPE. helena.chaves@gmail.com
Helena Lúcia Augusto Chaves, Vitória Régia Fernandes Gehlen
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Palavras-chave: Espaço; Território; Capital; Globalização; Estado.
Vitória Régia Fernandes Gehlen: Professora Titular da Universidade Federal de Pernambuco e Doutora em Planejamento e Desenvolvimento de Políticas Públicas pela Universidade de Londres, Inglaterra. É líder do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Gênero, Raça, Meio Ambiente e Planejamento de Políticas Públicas/GRAPP-UFPE. vicgehlen@yahoo.com.br
Quilombos e luta pelo território: organização, resistência e insurgências coletivas Resumo: Este artigo analisa a luta e resistência de comunidades quilombolas no interior do Maranhão frente ao avanço predatório do capital, que de forma violenta e com o aparato do Estado tem se apropriado e destruído territórios, saberes e direitos quilombolas. O artigo é resultado de pesquisa de pós-doutoramento junto a quilombos no Maranhão, com a utilização de metodologia da pesquisa-ação, o que permitiu tanto uma apreensão crítica da realidade quanto a realização de ações que emergiram de demandas dos quilombos. Maria Raimunda Penha Soares: Professora associada do Serviço Social/ UFF, Departamento Interdisciplinar de Rio das Ostras, e coordenadora no NEAB – Núcleo de estudos e pesquisas afro-brasileiro. Doutora em Serviço Social pela ESS/UFRJ, possui Pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas
Maria Raimunda Penha Soares
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Palavras-chave: Quilombos; Território; Organização; Resistência.
da UFMA (PPGPP). raysoares2411@gmail.com
Quilombo Rio dos Macacos e a resistência contra a acumulação por espoliação Resumo: Este artigo se propõe a discutir e dar visibilidade sobre a disputa territorial entre a Marinha do Brasil e o Quilombo Rio dos Macacos, situado em Simões Filho – BA. Hoje, no território reconhecido como remanescente de quilombo, vivem 70 famílias que sobrevivem da agricultura e da pesca. Ao longo dessa disputa, várias propostas foram feitas pelo Governo Federal, mas nenhuma delas foi aceita pelos quilombolas porque não os beneficiava; ao contrário, implicava na perda de seu espaço territorial. A metodologia foi qualitativa, através de pesquisa bibliográfica, de fontes secundárias e documentais. Ana Claudia de Jesus Barreto: Assistente Social, Doutora em Serviço Social pela UFRJ, e professora adjunta da Universidade Federal Fluminense. acbarreto230973@gmail.com
Ana Claudia de Jesus Barreto
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Palavras-chave: Quilombo Rio dos Macacos; Disputa territorial; Acumulação por espoliação.
Lutas e resistências contra a privatização da água no Rio de Janeiro Resumo: O entendimento da água como um comum é uma escolha teórica e política que se posiciona contra a lógica neoliberal de expropriação das riquezas naturais, da diminuição dos gastos públicos e que denuncia os riscos da privatização da água para a vida humana. Nesse sentido, o artigo busca sistematizar experiências de luta contra a privatização da água no Rio de Janeiro, assim como registrar a história dos diferentes espaços de resistência que foram organizados pela sociedade civil entre os anos de 2017 e 2019 em defesa do direito à água. Caroline Rodrigues da Silva: Assistente Social, Educadora da FASE – Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional e Mestre em Serviço Social pelo PPGSS/UERJ. cora_rs@hotmail.com
Caroline Rodrigues da Silva, Bruno Alves de França, Ary Gabriel Girota de Souza
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Palavras-chave: direito à água; comuns; privatização; resistência; Rio de Janeiro.
Bruno Alves de França: Assistente Social, Educador da FASE – Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional e Mestre em Planejamento Urbano e Regional pelo IPPUR/UFRJ. bruno.seso@gmail.com
Ary Gabriel Girota de Souza: Funcionário da CEDAE-RJ e presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Leste Fluminense (STIPDAENIT). Graduado em Pedagogia pela UFF/RJ. arygirota@gmail.com
O Controle social nas favelas cariocas e o protagonismo das mulheres Resumo: O presente artigo objetiva analisar as implicações da luta das mulheres pelo direito à cidade, a partir do exercício do controle social da política urbana destinada às favelas. O Rio de Janeiro se constitui como lócus central nesta discussão, pois tem concentrado, nos últimos anos, violações de direitos em relação aos moradores das favelas cariocas. A atuação das mulheres vem se manifestando como central no exercício do controle social, demonstrando a urgência de uma participação crítica e mais efetiva da população em relação aos rumos das políticas urbanas. Marcia Bastos de Araújo: Pesquisadora do Laboratório de Estudos Urbanos e Socioambientais – LEUS, Assistente Social na Vice-Reitoria para Assuntos Comunitários da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Marcia Bastos de Araujo, Rafael Soares Gonçalves
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Palavras-chave: Controle Social; Mulheres; Direito à cidade; Favelas; Política Urbana.
e Mestre em Serviço Social pela PUC-Rio. mba.bastos@hotmail.com
Rafael Soares Gonçalves: Professor do Departamento de Serviço Social da PUC-Rio e coordenador do Laboratório de Estudos Urbanos e Socioambientais – LEUS, Pós-doutor em antropologia pela EHESS e doutor em História pela Université de Paris VII. rafaelsgoncalves@yahoo.com.br
Artigos – Temas Livres
Política pública e voluntariado: um estudo sobre o serviço “Família Acolhedora”no Brasil Resumo: Este artigo por meio de revisão bibliográfica e documental apresenta uma análise sobre a política de acolhimento em famílias acolhedoras de crianças e adolescentes no Brasil: Neste sentido, propõe uma reflexão sobre o cuidado como função política; discute a forma como as famílias são convocadas a participar do Serviço, analisando o significado do voluntariado, do trabalho familiar; pôr fim dialoga com a práxis do cuidado a partir do familismo. Denise Andreia de Oliveira Avelino: Doutora em Economia Doméstica pela Universidade Federal de Viçosa-MG e Coordenadora Nacional de Defesa da criança e do Adolescente da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. deniseandreia64@gmail.com
Denise Andreia Oliveira, Maria de Lourdes Mattos Barreto.
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Palavras-chave: Acolhimento Familiar, Política Pública, Voluntariado, Cuidado. Familismo.
Maria de Lourdes Mattos Barreto: Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas e Professora Associada IV (DR) da Universidade Federal de Viçosa-MG. mmattos@ufv.br
O Serviço Social e a Reprodução das Relações Sociais Resumo: O Serviço Social atua como partícipe da reprodução das contraditórias relações sociais. Portanto, para além do seu papel na manutenção da sociedade capitalista, converge possibilidades para contemplar interesses dos trabalhadores. Como condição para tal efetivação, faz-se necessária a compreensão desse caráter ambíguo da profissão, entendendo sua emersão e sua inserção na realidade social, devendo essa ser apreendida sob o aspecto da totalidade. Este artigo, por meio de revisão de literatura, resgata a teoria marxiana sobre a produção e reprodução da vida social e particulariza o papel do Serviço Social inserido nesse processo. Silvio Aparecido Redon: Mestre em Serviço Social e Política Social pela Universidade Estadual de Londrina. silvioredonks@hotmail.com
Silvio Aparecido Redon, Eliane Christine Santos de Campos
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Palavras-chave: Serviço Social; sociedade capitalista; reprodução das relações de produção capitalista.
Eliane Christine Santos de Campos: Doutora em Serviço Social pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo e docente no departamento de Serviço Social da Universidade Estadual de Londrina. elianecampos@uel.br
O Estatuto da domesticidade e o repertório de resistência de trabalhadoras domésticas Resumo: Apresento neste artigo uma discussão sobre a noção de ‘domesticidade’ e procuro demonstrar como essa relação está sendo reconfigurada. Deste modo, o objetivo do trabalho é apresentar as práticas que compõem um repertório de resistência, acionado por trabalhadoras domésticas, em uma tentativa de se esquivar e atenuar as relações de opressão já naturalizadas por muitas famílias empregadoras. O estudo foi desenvolvido a partir de uma etnografia e, como estratégias metodológicas para o trabalho de campo, foram utilizadas a observação participante e entrevistas. Tatiane de Oliveira Pinto: Doutora em História, Política e Bens Culturais pela FGV/RJ e professora adjunta no Instituto de Ciências Sociais Aplicadas na UFRRJ. oliveira.tatianede@gmail.com
Tatiane de Oliveira Pinto
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Palavras-chave: domesticidade; trabalhadoras domésticas; repertório de resistência.

Políticas de Ações Afirmativas: experiências e desafios
Jan-Jun 2020 (v.30 n.1)
Editorial
Territórios e lutas sociais – insurgências e resistências contra a Políticas de Ações Afirmativas: experiências e desafios
Kátia Sento Mello, Patrícia Farias
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Artigos – SeçãoTemática
Ações afirmativas como interface dos Direitos Humanos e sua presença na legislação brasileira Resumo: Este artigo procura compreender as Políticas de Ação Afirmativa como uma das interfaces dos Direitos Humanos em sua defesa pela promoção da inclusão das minorias e como um instrumento para o enfrentamento ao preconceito, à discriminação e ao racismo. Além disso, o presente trabalho pretende articular como esse debate se refletiu no ordenamento jurídico brasileiro após a redemocratização do país. Marcio Toledo Rodrigues: Doutor em Serviço Social pela UFRJ. marcio.toledo2009@bol.com.br
Marcio Toledo Rodrigues
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Palavras-chave: Ação Afirmativa, Direitos Humanos, Legislação Brasileira
Lutas por Direitos em Campos de Poder: em foco, o Conselho Estadual dos Direitos Indígenas-RJ Resumo: Este artigo discute questões preliminares surgidas no âmbito de um estudo de caso em curso desde 2018, no qual examino os desafios enfrentados pelo Conselho Estadual dos Direitos Indígenas do Rio de Janeiro, com o objetivo de analisar suas potencialidades e limites para atender às reivindicações e direitos das comunidades indígenas locais. Que dilemas este Conselho vem enfrentando frente às estruturas institucionais e sociais vigentes e o que está em disputa nos espaços públicos formais e informais para a efetividade de suas atribuições? Eis as principais indagações desta reflexão. Ludmila Maria Moreira Lima: Professora adjunta na Faculdade de Ciências Sociais/FCS/CCH da UNIRIO e Doutora em Antropologia pela UNB. mlima.lud@gmail.com
Ludmila Maria Moreira Lima
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Palavras-chave: Reconhecimento; Espaço público; Conselho; Conflito
Formação militante e ação afirmativa: reflexões sobre a prática e o projeto da Educafro Resumo: O artigo se dedica a refletir sobre como a rede de cursos Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro) relaciona seu estudante num contexto de luta em defesa das políticas afirmativas. Para tanto, ela empreende ações que corroboram experiência social e política para os estudantes, que se tornam militantes/ativistas. Utilizamos entrevistas em profundidade, descrição etnográfica, análise de materiais audiovisuais e textuais, que evidenciam a concepção e as interações narrativas e espaciais estabelecidas por essa rede de ensino em prol de políticas de ação afirmativa na educação brasileira. Márcia Leitão Pinheiro: Professora e pesquisadora do Laboratório de Estudos da Sociedade Civil e do Estado (Lesce) da UENF. Doutora em Ciências Humanas (Antropologia Cultural) pela UFRJ. marcialpx@hotmail.com
Marcia Leitao Pinheiro, Elielma Ayres Machado
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Palavras-chave: Educafro, Ações Afirmativas, Educação, Militante.
Elielma Ayres Machado: Professora do Departamento de Ciências Sociais e Educação da Faculdade de Educação da UERJ – Campus Maracanã. É Doutora em Ciências Humanas (Antropologia Cultural) pela UFRJ. ayres.elielma@gmail.com
Trajetória do ensino superior brasileiro: retrocessos e desigualdade no acesso à educação Resumo: Visando contribuir com estudos sobre a temática do ensino superior brasileiro, este artigo constroi uma substancial rememoração dos processos que implicaram em seu desenvolvimento. Atenta para a complexa trama produzida no favorecimento das elites, responsável pela capilarização da exclusão e desigualdades no processo de ingresso e permanência de estudantes no ensino superior. Neste contexto, serão abordadas questões referentes à classe, gênero e etnia, fundamentais para a compreensão da existência e resistência desigual dos sujeitos que neste processo inserem-se, os quais justificam a importância e desenvolvimento de Políticas de Ações Afirmativas. Nino Rafael Medeiros Kruger: Assistente Social graduado pela Universidade Católica de Pelotas (UCPEL) e mestre no Programa de Pós-Graduação em Política Social e Direitos Humanos na mesma instituição. contatorafaelkruger@gmail.com
Nino Rafael Kruger, Isabela Baptista Alves
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Palavras-chave: educação superior; desigualdade de acesso; exclusão; classe, gênero e etnia; Políticas de Ações Afirmativas
Isabela Baptista Alves: Assistente Social na Escola de Ensino Fundamental São Benedito (Bagé/RS), graduada pela Universidade Católica de Pelotas (UCPEL) e especialista em Estratégia Saúde da Família, com ênfase em Políticas Públicas pelo Instituto Educar Brasil. isabelabaptistaalves@hotmail.com
Ação Afirmativa, Memória e Reconhecimento: Relações Raciais e Experiências Negras nas narrativas do Rap Resumo: Ações afirmativas, a partir dos anos 1990, foram estimuladas pelas discussões sobre democratização da Educação. Mas é correto entender que lutas por visibilidade e valorização racial, ainda antes, estão presentes como parte das reivindicações do movimento negro brasileiro. Assim, memória e reconhecimento são historicamente usados no combate à desigualdade e discriminação racial, e, recentemente, excederam o campo das políticas sociais, o que pode ser verificado no RAP. Este artigo objetiva verificar a produção de narrativas sobre memória e reconhecimento, através da análise dos elementos raciais apresentados nas letras de RAP. Jéssica Hipolito: Museóloga e mestre em Memória Social pelo Programa de Pós-graduação em Memória Social – UNIRIO. jess.hipolito@gmail.com
Andréa Lopes da Costa Vieira, Jéssica Maria Santana Vasconcellos Hipolito, José Jairo Vieira
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Palavras-chave: Ação afirmativa, Memória social, Rap, Reconhecimento
José Jairo Vieira: Sociólogo e doutor em sociologia pelo IUPERJ. Professor associado da Faculdade de Educação da UFRJ. jairo.vieira@uol.com.br
Andrea Lopes da Costa Vieira: Socióloga e professora associada da UNIRIO, doutora em sociologia pelo IUPERJ. andrea.lcosta@uol.com.br
Artigos – Temas Livres
A condição de classe em debate: reflexões teóricas e históricas Resumo: Neste artigo faremos uma incursão nas obras clássicas de Marx e outros autores com a finalidade de identificar as diferenças fundamentais na construção do conceito de classe, considerando as indicações dos manuais de ciências sociais, organizados por Giddens (1994), Bottomore e Outhwaite (1996) de que Marx construiu as matrizes de análise para o conceito de classe, logo os estudos contemporâneos derivam destas referências. Abordaremos as polêmicas contemporâneas em torno do debate sobre classe, privilegiando, por um lado, as análises críticas sobre o fim das classes nas sociedades contemporâneas. Thiago Bazi Brandão: Doutor em Política Social pela Universidade de Brasília, atua como consultor técnico legislativo – Assistente Social da Câmara Legislativa do Distrito Federal e é docente do Centro Universitário Projeção. thiagobazibrandao@gmail.com
Thiago Brandão
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Palavras-chave: Trabalho; Classe Social; Consciência de Classe; Luta de Classes.
O sub-registro de nascimento e as ações para sua erradicação na cidade do Rio de Janeiro Resumo: Este ensaio objetiva-se analisar o fenômeno do sub-registro de nascimento e as ações voltadas a sua erradicação, com foco na cidade do Rio de Janeiro, buscando identificar os esforços realizados nessa cidade para sanar as consequências na vida de uma população que não possui certidão de nascimento. O resultado desta pesquisa revelou que a cidade do Rio de Janeiro se estruturou a partir de um Comitê estadual para o enfrentamento desse fenômeno com apoio de uma rede composta por diversos atores sociais, trabalho que contribuiu para a queda da taxa de 17,4% no ano de 2004 para 1% em 2014. Vinicius Monteiro Oliveira de Souza: Bacharel em Serviço Social pela Universidade Federal Fluminense. viniciussouza@id.uff.br
Vinicius Monteiro Oliveira de Souza
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Palavras-chave: Certidão de Nascimento; Sub-registro de Nascimento; Rio de Janeiro.
Trabalho do(c)ente: a saúde dos professores da educação superior pública Resumo: Este artigo traz uma investigação empírica sobre a saúde docente de uma universidade pública. Busca identificar elementos implicados no sofrimento e adoecimento dos professores a partir da adoção do neoliberalismo no Brasil, do gerencialismo nos espaços públicos com o empresariamento e mercantilização da educação superior. Intensificação do ritmo, precarização das condições e relações de trabalho, competitividade estrutural, entre outros, são citados. Os dados sistematizados aqui apresentados podem ser a ponta de um iceberg, pois podem representar um fenômeno difuso e não individual. Alzira Mitz Bernardes Guarany: Professora Adjunta da ESS/UFRJ e Doutora pela mesma instituição. aguarany@gmail.com
Alzira Mitz Bernardes Guarany
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Palavras-chave: educação, neoliberalismo, saúde docente, gerencialismo
Entrevistas
Mary Garcia Castro
por Andrea Moraes Alves
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O Projeto Ético-Político do Serviço Social no contexto de avanço do ultraconservadorismo: desafios e resistências
v. 29, n. 2 (2019)
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Produção Discente no PPGSS-UFRJ
v. 29, n. 1 (2019)
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200 anos de Karl Marx
v. 28, n. 2 (2018)
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Políticas Sociais: padrões, tendências e desafios
v. 28, n. 1 (2018)
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Reformas e contrarreformas da Previdência Social
v. 27, n. 1 (2017)
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40 anos do PPGSS-UFRJ
v. 26, n. 1 (2016)
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Avaliação de políticas sociais: agenda, operadores e destinatários
v. 25, n. 2 (2015)
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Direitos Humanos
v. 25, n. 1 (2015)
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Serviço Social Latino-Americano: Questões Contemporâneas
v. 24, n. 2 (2014)
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Megaeventos e impactos nas cidades
v. 24, n. 1 (2014)
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Marxismos no século XXI
v. 23, n. 2 (2013)
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Políticas Sociais nos 10 anos de governo do PT
v. 23, n. 1 (2013)
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